segunda-feira, 16 de abril de 2012

Um presentinho pra vocês


Umas notas pré-texto: 
Esse texto foi escrito em sua maioria pela querida Srta. M.S. Bebê.
Ela ia postar no blog dela, mas o post acabou ficando esquecido, nesse caso eu pedi o texto e continuei ele.
Toda a história é idéia dela, eu só escrevi o trecho final (que ainda era idéia dela).
Talvez dê pra notar onde começo a escrever
Bom texto =]

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Tudo começou... Em uma manhã calma num quarto claro, quando resolvo me levantar em uma manhã aparentemente normal. Um raio de luz ofusca minha vista, resolvo me levantar, tudo parece normal apesar de não ser tanto, estou há uma semana em meu apartamento novo finalmente conquistado, ah, ele é pequeno, o prédio é simples, quarto andar, mas a sensação de saber que é meu é indescritível.
Me ponho de pé ao lado da cama olho meu calendário, dou um suspiro fundo e penso: Manhã de sexta, onze de maio de 2012, logo Léo estará aqui.
Léo é meu namorado que se mudou recentemente de cidade para estudar, estamos aproximadamente uns três messes sem se ver, ele me visita sempre que possível estamos juntos há um ano e três meses ele é extremamente carinhoso e pretendemos nos casar logo por mais loucura que isso pareça.
Não quero levantar, sentia uma leve tonteira, queria ficar deitada, mas me pus a limpar a casa. Tudo correu como na ultima semana, mas hoje não irei à faculdade pretendo deixar tudo bem arrumado para a chegada de Léo.
Juro que das 9:14 que levantei até as 12:21 não fiz nada de muito útil, Só dei um toque especial no quarto, fiz uma lasanha tradicional que digamos que ficou com uma cara deliciosa, e o restou da casa deixei-a como sempre pois não havia muito o que fazer.
13:00 fui me arrumar pra encontrar Léo onde combinamos, pretendíamos dar uma volta antes de nos enfiarmos em minha nova casa, juro que não sabia oque vestir, parecia que nada combinava comigo, ou melhor, com meu cabelo. Ele comprido e com parte verde me impossibilitava de usar vários tipos de roupas, mas é, mudei bastante hoje tenho dois piercings na boca um de cada lado e as pontas do cabelo verde, bem mais que as pontas. No fim acabei optando por um vestido boneca, preto com bolinhas brancas um dos meus favoritos.
Juro que perdi toda a concentração do mundo quando o vi. Ele estava tão lindo, tão fofo, como sempre. Esses três meses longe só o fizeram bem. Estava tão bonito quanto nunca havia visto antes. Mas sem enrolação. Me joguei em seus braços, os braços que eu sentia falta todas as noites e percebi que ele também sentia a mesma falta.
Acabamos esquecendo de tudo. Apartamento, comida, tudo. Saímos para poder ficar juntos.
Fomos a um lugar que sempre chamamos de nosso cantinho. Fica no fim de uma rua numa das extremidades da cidade, onde havia uma vista que um dia foi bonita, hoje não passa de um pasto grande e sem vida... Passamos tanto tempo lá contando sobre as experiências que passamos enquanto estávamos longe, matando saudades, enfim... Se amando.
Ao sairmos já estava escuro, eram aproximadamente 19:20. Não sabia, mas algo estava diferente. Era um silêncio... Estranho.
Me lembrei da frase "Nada grita mais alto do que o som do silêncio".
Convenientemente, ouvimos um grito. Fiquei assustada, mas nada para alertar Léo, ouvimos outro grito. Um grito agudo de desespero que percebi que o incomodara também. Pedi para que parasse o carro, e de repente aquela calmaria voltara. O mundo parecia ter parado ficamos uns quinze minutos parados, observando a rua sem si quer um movimento, resolvemos sair, ele deu partida no carro e saímos devagar. Ao virarmos uma esquina... Medo! Alguém saltara na frente do carro. Sem querer, Léo o atropela. Fico assustada, saímos do carro para tentar prestar socorro. O homem estava ensanguentado. Coloquei as mãos sobre ele, que não respirava. Me desesperei.
Daí de repente ele abre os olhos. Achamos que ele estava bem, ele se levantava. Então observamos um comportamento muito estranho, o homem nem si quer falava, só andava em nossa direção. Léo me mandou correr e entrar no carro, mas estava com medo e não fiz nada. Fiquei simplesmente vendo aquela criatura, que até então para mim era um homem, vir em minha direção até Léo me jogar dentro do carro. Estava assustada e não entedia nada do que havia ocorrido. Quando vi, já estava perto do meu apartamento com o Léo aos berros perguntando onde era o prédio. Indiquei onde era, ele estava tenso e eu simplesmente assustada. Fomos de escada, ele sempre me puxando pedindo as chaves. Entramos e ele trancou a casa.
Pedi calma a ele e que me explicasse o que estava acontecendo. Ele me pôs sentada na cama, pediu para eu ligar para meus pais e fazê-los arrumar as coisas o mais rápido possível. Disse que tínhamos de sair da cidade, pegou o telefone e começou a ligar... Ligar... Ligar... Disse que o apocalipse zumbi acabara de começar, que tínhamos que tomar uma atitude. Juro que não acreditei dei risadas falei que ele estava louco que isso simplesmente não passava de historinhas contadas em filmes para assustar, mas mesmo assim fiz como ele pedira. Arrumei minhas coisas, peguei o necessário. Ele pôs duas facas em minha mochila, disse que eu iria precisar. Não estava entendendo nada, estava simplesmente parada, vendo os fatos acontecerem, sendo guiada por ele.
Ele pediu para que trocasse de roupa colocasse uma que desse para correr e me cobrisse fiz como o pedido e logo após saímos correndo do apartamento em direção as escadas ,ele dizia baixo em meu ouvido: Está ouvindo? Já não há mais vida nesse prédio.
Estava com tanto medo que acabei borrando a realidade. Só ouvia e via o que queria, e não o que realmente estava acontecendo, o verdadeiro som daquele prédio era de gemidos. Apena isso...
Pegamos o carro e saímos em alta velocidade, perguntei para onde íamos e ele falou que íamos pegar meus pais casa deles, os pais dele se encontravam em outro estado e não podíamos fazer nada.
Passamos em casa, meus pais estavam arrumados já, foi rápido. Chorei quando fiquei sabendo que não levariam meu cachorro, ele ficaria simplesmente pra morrer.
Não sabíamos para onde íamos, lembramos que estávamos sem dinheiro e que seria útil ter pelo menos um pouco. Fomos atrás de um caixa eletrônico, vimos que estávamos perto de um shopping. Lá encontraríamos algo de útil, mas ele estava fechado... Usamos o carro para romper os vidros e entrar. Idéia tola, acabamos com o carro... Estávamos a pé, simplesmente a pé, no escuro, com supostas aberrações soltas por aí.
O shopping estava muito escuro, Léo e meu pai resolveram se ariscar a entrar e deixaram eu e mina mãe do lado de fora. Ficamos num canto esperando por eles, de repente um barulho de estouro muito forte nos assusta. Quando entramos no shopping para encontrá-los vejo meu pai com uma criatura bizarra em cima dele. Fiquei sem reação, não olhei, tinha medo, me senti uma covarde. Quando dei conta de tudo, aquela coisa que não tinha nada de humano estava sem cabeça, ao chão com meu pai do lado, sangrando. Minha mãe chorava... Imploramos para que ela corresse e deixasse meu pai lá. Ele já estava condenado à morte ou a virar uma terrível coisa, mas ela nos ignorou foi para o lado de meu pai enquanto eu senti um pesado, mas ao mesmo tempo leve, toque em meu braço, me puxando para fora.
Estava confusa só ouvi um grito, uma ordem. Correr e procurar algo que não entendi. Só sei que quando me dei conta estava sozinha, com medo, desesperada. Corria sem rumo até entrar em uma rua vazia, clara, com as luzes dos postes onde só avistei um carro grande e preto achei que era o que realmente precisava e junto a ele encontrava-se um moço alto, negro, suas vestes também eram de cor escura. Me aproximei dele por trás, deve ter me ouvido, virou pra mim. Eu tinha uma faca na mão, e ele percebeu. Reagi mais rápido do que teria imaginado um dia e golpeei ele. Não acho que teria sido capaz de fazer a mesma coisa se não estivesse com tanto medo.
A chave estava no bolso, ele também tinha uma arma. Léo talvez soubesse usá-la. Estava voltando pro shopping e Léo me encontrou no meio do caminho sozinho. Disse que minha mãe se recusara a voltar e ficou por lá, me pediu que não ficasse preocupada com isso agora, pois não ia adiantar.
Lhe dei as chaves e a arma, mostrei o carro. Ele jogou nossas malas na parte de trás e saímos.
Não sabíamos pra onde ir, mas precisávamos sair dali. Léo deu a partida e saiu devagar, Não havia porque correr até sabermos pra onde ir. As rádios estavam silenciosas.
Perto do centro encontramos um casal de idosos, estavam com o carro quebrado, mas bem, pareciam muito confusos com aquilo tudo.
Léo parou o carro e confirmou se eles sabiam de algum lugar para irmos, um refúgio... O casal se confundiu um pouco e não soube nos dizer mais que ir para o norte, aparentemente tudo começara nas regiões mais frias.
Léo quis ajudar o casal, mas eu fui contra. Não me importava com mais ninguém além dele, meus pais já tinham ficado pra trás e provavelmente meus amigos estavam tomando o mesmo rumo deles. Se tivesse Léo ao meu lado todo o resto poderia morrer.
Léo não ficou inteiramente contente com isso, mas não discutiu comigo. Partimos rumo norte por caminhos escuros. Aos poucos eles foram aparecendo pelo caminho, andavam de vagar, sem pressa alguma.
Nossa gasolina não era muita, mas devia durar por um bom tempo, nossa expectativa era achar um lugar pra abastecer antes que a epidemia se alastrasse até onde estivéssemos.
A noite caiu, a madrugada se mostrou e nós seguíamos para o norte. As únicas luzes, único sinal de movimento numa grande área ao nosso redor. Movidos pela esperança de reencontrar conhecidos e um lugar seguro, com o horizonte a nossa frente.


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Comentário pós-texto:
Como é bom voltar a escrever =]

Um comentário:

M.S disse...

minha história, nossa faz tanto tempo q não a vejo
que achei super foda ;D
brigado mor por ter terminado ela *_*