terça-feira, 21 de junho de 2016

Oi (97)

Olá, pessoas.
Eu venho escrevendo "bastante" no blog esses tempos e mesmo assim não to escrevendo tanto quanto eu gostaria. Tenho essa sensação constante de que tenho coisas demais pra dizer e acabo não dizendo porque não consigo organizar os pensamentos. Por exemplo, acabei de excluir um rascunho de um texto que comecei e não terminei, nem nunca iria terminar. sou daqueles que quando é pra dizer, fala logo. Esse negócio de deixar pra depois não funciona pra mim.
Ansiedade pura e simples...

Bom, já que não to organizando os pensamentos do jeito que queria, vou contextualizar o que está passando na minha vida.

Semana passada, em algum dia, não lembro qual, fez quatro anos da minha primeira tatuagem. Acho interessante que esse detalhe tenha passado pelo meu feed do facebook, porque eu não lembraria espontaneamente e porque o momento que estou passando condiz com o significado que a tatuagem tem pra mim.
Se você não sabe, tatuei HERO nos dedos quase como um impulso de me lembrar das minhas responsabilidades, lembrar as coisas que estipulei pra mim e o fato de que eu sou responsável pelo que faço. Uma vibe meio Tio Ben e Peter Parker ("com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades"). O Homem-Aranha é um super-herói marcante na minha vida, me identifico e tal.

Segunda coisa que queria contextualizar é um achieviment que consegui dois dias atrás.
Fui num show do Racionais MC's.
Meu primeiro show de rap e logo dos caras que me introduziram no rap. E isso é muito importante pra mim porque antes de entrar no universo core, eu me identificava com o rap. O rap foi o primeiro estilo musical que defini como parte da minha identidade (lá pelos 15 anos) e só depois de 4 ou 5 anos foi que comecei a me identificar com o post hardcore e eventualmente com o core em si.
Devo muito do meu eu ao rap, é um gênero que eu não abandono, apesar de não adicionar novas músicas à minha "playlist", mas carrego sempre comigo e muitas vezes é o gênero que consegue me acalmar quando estou muito mal.
Background à parte, foi uma emoção única cantar clássicos do Racionais junto com os caras, ali, bem na minha frente. Experiência única, sem comparação com nada que eu já tenha vivido. Foi incrível, pra mim, descobrir que sei as letras de Nego Drama e Vida Loka parte I completas, ter gritado cantado A Vida É Desafio (que é quase um hino pra mim) acompanhado de tantas vozes, curtindo aquela energia. BAH! Foi demais.
Paguei meia entrada, mas se tivesse podido pagar a inteira, teria pago sem dó.

Por hoje era só isso. Queria por essas palavras pra fora antes que acabasse sufocando isso dentro do meu peito.
Agora vou ali cuidar de outras coisas genéricas, me desejem sorte

terça-feira, 14 de junho de 2016

Diga - Visconde // Diga (parte 2) - Fresno ♪


Ontem eu sonhei com você
Eu só te liguei porque eu precisava ouvir
Aquelas coisas que eram tão normais
Que a gente já nem falava mais
Eu queria tanto te ouvir dizer agora

Então diga que não vai sair da minha vida
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu

Então diga que o tempo fecha todas as feridas
E que pra nós existe uma saída
Que nem por um segundo me esqueceu

E hoje acordei sem você
E eu só percebi quando eu senti falta de mim
Pois existem coisas que eu queria mais
(Pois existem coisas que eu queria mais)
(Aaaaah...)
E tantas coisas pra deixar pra trás
(aaaaah...)
Eu queria tanto te ouvir dizer agora
(Eu queria tanto te ouvir dizer agora)
(... aaah)

Então diga que não vai sair da minha vida
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu

Então diga que o tempo fecha todas as feridas
E que pra nós existe uma saída
Que nem por um segundo me esqueceu...

Então diga que não vai sair da minha vida
(Então diga...)
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu
(Aaaah...)

Então diga que o tempo fecha todas as feridas
(Então diga...)
E que pra nós existe uma saída
(E que pra nós existe uma saída)
Que nem por um segundo me esqueceu

Diga...

Diga...

Aaaah...

Então diga...

Tira a maquiagem pra que eu possa ver
Aquilo que você se esforça pra esconder
Agora somos só nós dois, já podes parar de fingir

Mas cala essa boca e me diz com o olhar
Quem era você até me encontrar?
Se agora és diferente,
O que eu fiz que te fez mudar?

Eu lembro dos lábios tremendo ao dizer
Eu não vivo sem você

Então diga que não vai sair da minha vida
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu

Tira essa roupa pra que eu possa ver
Que não há uma arma tentando se esconder
O mal vive num lar perfeito e sem infiltração

E tira o cabelo da cara e me diz
Se por um segundo quiseste me ver feliz
Ou se és o meu destino tentando me dar outra lição

Eu lembro de cerrar os punhos pra dizer
Eu não amo mais você

Me diga que não volta mais pra minha vida
E que a nossa estrada é bipartida
Esqueça o dia em que me conheceu

Então diga que nem todo o dinheiro dessa vida
Não vai comprar de volta a acolhida
No peito de quem já foi todo seu

A casa é minha, mas pode ficar
Eu volto amanhã e não quero mais te enxergar
Faça suas malas e nunca mais volte aqui

E eu juro pela vida da mãe e do pai
(E eu juro pela vida da mãe e do pai)
Ciente do peso da expressão "nunca mais"
(Ciente do peso da expressão "nunca mais")
Volte a oferecer teu corpo a quem preferir

Viver ao lado de quem não tem nada pra dizer
Confesse pra mim de uma vez
(Aaaaah...)
(... AAAH...)

Mas diga que nunca foi feliz nessa tua vida
(Mas diga...)
(... aaah...)
Teu texto, teu sorriso de mentira
(... aaah...)
Pode enganar a todos, não a mim
(aaaaah...)
(... CHEGOU O NOSSO FIM)
(... a todos, não a mim)

Então diga que essa mão que acena na partida
(Aaaah...)
Por tantos IDIOTAS pretendida
É a mesma que decreta o nosso fim... yeah
(Aaaaaah...)

Assisto aos teus passos, como a um balé
Quem vais usurpar, agora que ninguém te quer?
A verdade demora, mas chega sempre sem avisar

E o grito contido no teu travesseiro
Ecoa nos lares do mundo inteiro
Não tira esse rímel, pois hoje eu quero vê-lo borrar
Uns dias atrás eu estava muito triste com alguma coisa e queria ouvir música pra tentar me acalmar. Fiquei rodando as minhas músicas por alguns minutos sem escolher nada, porque simplesmente não sentia que as músicas que eu tinha na biblioteca conseguiam dar conta do que eu estava sentindo.
Eu não queria escolher alguma outra música que tivesse. Não queria estragar o que sentia por aquelas músicas com um outro sentimento que não correspondia a elas. Ao mesmo tempo, meu coração e minha mente pulsavam como um pedal duplo, tão rápido que parecia um zumbido, seria difícil escutar uma música que não estivesse no tempo que minhas emoções impunham.
Decidi não escutar nada e tentar me acalmar focando no som que eu mesmo estava produzindo na minha cabeça. Um pedal duplo, contínuo, muito rápido.
Quando os nervos se acalmaram um pouco, percebi que nesse tempo de silêncio, quebrado por um som que só existia na minha cabeça, me senti mudo. Foi um breve momento no qual eu não conseguiria expressar nenhum som vocal, e talvez nem mesmo conseguisse produzir um som a partir de uma ação (um batuque na mesa, por exemplo).
Foi um momento em que o único som que eu estava capaz de ouvir seria algum som no tempo e no tom do som que já estava ecoando na minha mente. Como uma surdez seletiva. Não é que meu corpo não ouvisse os sons externos, meu corpo estava indiferente a eles.

sábado, 11 de junho de 2016

Oi (96)

Eu acabei de dar um oi e já vou dar outro.
Só pra deixar registradas aqui no blog algumas coisas que tenho vivido.
Vou começar pela mais doída: Abortei meu TCC.
Eu ia defender a qualificação dele já no final desse mês, pra poder me formar no fim do ano.
Bom, me atrapalhei com algumas responsabilidades, tive dificuldades emocionais e, além da ansiedade, passei por um pouco de depressão.
Eu, que já não sou uma pessoa com ~~muita~~ vontade de viver, me vi numa situação onde realmente não me importava mais em continuar respirando.
[Talvez eu tenha me expressado mal; eu TENHO vontade de viver. O meu problema com o viver é que faço parte de uma sociedade que considero atrasada, não tenho perspectivas de ver as coisas melhorarem e me sinto incapaz de fazer as coisas melhorarem. Pra ser adulto nessas condições, admito que não faço muita questão]
Diante desse embolotado de emoções, eu decidi que era melhor deixar passar essa responsabilidade. Por hora.
A segunda coisa que queria contextualizar é que estou frustrado com a situação política (do país e) da UFPel...
Recentemente nossas eleições para DCE foram fraudadas, e consequentemente, canceladas. Aparentemente a chapa da extrema esquerda ia ganhar, e aí a chapa da situação tentou uma manobra para fraudar a contagem de votos. Descobriram no ato da apuração e com isso nós ficamos sem DCE.
Agora, umas duas horas atrás, foi feita a apuração dos votos para a reitoria e vão pro segundo turno a chapa da situação, que começou a fazer esforços estruturais no último ano, claramente para chamar atenção para o seu mandato, e uma chapa com uma frente liberal maluca que até parece fantasiosa, prometendo investimentos incabíveis pra uma economia enfraquecida como a que vivemos.
só queria contextualizar isso, mesmo. E como eu disse uns textos aí pra baixo: Não vou me importar de deixar esse texto sem uma conclusão.
Nunca mais publiquei receitas no blog, me pergunto se a razão é que não acho minhas receitas interessantes ou se elas falam mais sobre as minhas emoções do que eu gostaria de expor aos outros.
Houve um tempo em que eu tentava concluir tudo que eu escrevia, porque acreditava que algo não deveria ser publicado sem um término. Bom, eu cresci e percebi que, na vida, as coisas não terminam. Tudo se emenda continuamente, uma coisa na outra, independentemente se se relacionam ou não.
Quando me dei conta desse fato, comecei a publicar pensamentos soltos, pouco me importando se eu havia concluído eles ou não.
Passei a me apaixonar por pensamentos soltos, e atualmente, eles são o motivo maior da minha pesquisa em Artes Visuais.

Oi (95)

Nesse momento, eu nem sei dizer se faz um tempo longo que ão escrevo no blog ou se é só a impressão que tenho por causa dos dias e semanas longos que eu tenho passado.
O fato é que recentemente eu tenho sentido uma ânsia por escrever várias coisas, desenvolver diversos pensamentos e a inércia de permanecer em silêncio tem falado mais forte.
Antes, quando eu me deixava levar pela inércia de não escrever, eu esquecia o assunto que queria desenvolver e eventualmente isso saía da minha cabeça.
Agora, acontece o contrário. Os assuntos estão se acumulando no fundo da minha garganta e eu sinto que cada vez mais preciso trazê-los a tona antes que eu engasgue.
Minha maior vontade nesse momento é gritar, destruir tudo à minha volta e tentar impor alguma dor ao universo que me rodeia. Porque é assim que a minha mente está nesse momento.
Sou um turbilhão de coisas acontecendo e se misturando. Umas boas, a maioria ruim e nenhuma que eu saiba lidar de maneira tranquila.
Ultimamente, o melhor que posso fazer pelos meus problemas pessoais é abaixar a cabeça e fingir que não estou os vendo.
O nome do blog nunca fez tanto sentido.
Esses fantasmas estão cada vez mais perto de mim, eventualmente vão me afogar.