quarta-feira, 22 de outubro de 2014

sobre TV, Internet e jornal impresso

Depois de tanto tempo sem falar nada sobre mim, eu vim aqui escrever um pouco sobre uma coisa que reparei...
Aqui em casa, finalmente conseguimos uma TV, portanto finalmente pude desfrutar da TV a cabo que pagamos.
Por conta disto, quando estou ligeiramente entediado e não com o computador à mão, eu vejo TV. E só aí percebi o efeito hipnótico que a TV tem sobre os nossos olhos.
Pra mim, que tenho um cansaço constante e sofro com poder da inércia, ter o controle da TV ao alcance da mão e ficar largado no sofá assistindo algo que me interessa, ou mesmo algo que não interessa, é extremamente relaxante.
É viciante a sensação de morgar por tempo indeterminado diante da TV sem fazer esforço nenhum ou muito pouco.
Claro que eu faço isso na Internet, mas aí que tá! Diante do computador se faz mais esforço. As coisas acontecem em resposta a um comando dado.
Pra me mostrar o que eu quero, o computador exige um comando pré-estabelecido na sua programação. O computador pára quando não há comandos a obedecer.
A TV não, ela só recebe um sinal independentemente da sua vontade. Basta estar ligada.
Nesse aspecto, a Internet seria inclusive mais alienante que a TV, pois as informações na tela do computador rodam segundo o seu interesse e o seu comando, já a TV conta com uma grade que nem sempre vai agradar o seu gosto. A única coisa que a faria parar de transmitir as imagens seria desligá-la.
Apesar disso, a TV é igualmente alienante. Mesmo que não haja controle sobre a programação, esta é direcionada a coisas que (de fato) pouco mudam a realidade de quem assiste. Uma pesquisa na Internet pode gerar uma mudança de hábitos, costumes e pensamentos, mas um programa de TV tem pouquíssima influência na mudança de comportamento do indivíduo, pelo menos da forma como ela é feita.
Eu justificaria este último ponto na quantidade de esforço para acessar a informação.
Ainda que com esforço mínimo, o usuário/espectador procura o que vê na Rede, vai atrás, Enquanto o espectador televisivo, no máximo, vê a grade de programas e aperta uns quatro ou cinco botões, para depois voltar ao estado de torpor e semiconsciência.

Relendo meu texto, concluo um silogismo:
O jornal escrito é a mais informativa e menos alienante destas mídias, pelo simples fato de que ele não se põe diante do leitor.
O leitor, de alguma forma, o compra, paga, leva para um lugar onde sua leitura seja confortável e o lê.
São muitos passos para se atingir uma informação comparado aos meios modernos. O jornal traz o ritmo de seu tempo, e é esse ritmo que faz o valor da informação.
O bom leitor, só precisaria filtrar as notícias que sejam mais interessantes e refletir sobre elas.
Que coisa louca...
Mas são só pensamentos jogados na nuvem :)

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