segunda-feira, 16 de agosto de 2010

não tenho mais banda, yay /o/

eu saí hoje, segunda 16 de agosto, pra encontrar uma amiga minha, no caso a vocalista da minha ex-banda e fui convidado a me retirar da mesma, porque descordava dos métodos de "tocaremos qualquer coisa para ficar famosos e ganhar alguma grana. QUALQUER coisa!"
porra, como assim?
a idéia de ter bandas não era revolucionar um contexto histórico contando verdades desagradáveis ou falando de coisas que as pessoas sintam, de uma forma única pra cada tipo de música?
então por que se vender em prol de ganhar dinheiro alimentando a indústria do consumo artístico?
eu não posso falar mal das musicas miseráveis do Restart se eu faço a mesma coisa que eles.
fere a minha noção de moral tocar numa banda que tocaria Edson & Hudson em algum boteco universitário por alguns míseros trocados.
"QUALQUER coisa!", "any FUCKING shit!"
eu acho isso tão inaceitável.
pra mim é como se as pessoas que fazem isso não tivessem caráter, elas fazem qualquer coisa necessária para se dar bem.
onde foi parar a alternatividade artística? todo aquele pensamento de querer fazer a diferença, querer mostrar algo diferente pro público, morreu?
"o importante é a gente tocar e ter visualização na mídia"
NO!D:
não diga besteiras, porque não teve capacidade e cabeça forte o suficiente pra impor o que você faz às pessoas.
uma pessoa que faz isso não pode falar mal da pobreza musical do Cine, porque faz exatamente a mesma coisa
essa pessoa não tem opinião e nem boa vontade pra se impor ao que as indústrias do consumo artístico nos fazem engulir.
são essas pessoas que ajudam a alimentar o emburrecimento da espécie através de novelas, músicas, livros e qualquer outro tipo de arte/entretenimento, entrando num clichê.
se as indústrias nos fazem engulir a merda que eles vendem, o certo não era a gente responder fazendo eles engolirem a nossa merda?
mas é muito mais fácil se vender e fazer qualquer negócio pra tá na mídia, né?
depois de saber disso, eu voltei pra casa um pouco mais infeliz com o Mundo.

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