sábado, 2 de julho de 2016

RolêCast #0 (por escrito, olha que loucura)

Um dia eu estava conversando no Whatsapp com a Drunga sobre uma experiência que tive com troca de nudes. Em nossa conversa, tocamos em alguns pontos profundos e bem interessantes sobre nude, um tema que parece superficial, mas na verdade se liga a questões sociais e políticas.
Ela contou dessa conversa que tivemos com o Nicolas, e ele se empolgou querendo debater com a gente sobre. A Drunga criou um grupo no Whatsapp na mesma hora com nós três e mais um quarto amigo, o Chala.
A princípio, a ideia era conversarmos, debatermos juntos como um amadurecimento pessoal. Quando demos o "debate" por encerrado, tendo esgotado os conhecimentos que tínhamos acerca do assunto, eu dei uma revisada no texto e pensei: "isso dá um podcast, fácil". Falei com as pessoas e todos gostaram da ideia. Sendo assim, trago o primeiro podcast escrito da minha vida, QUIÇÁ DA INTERNET(!!)
[Exatamente como acontece com um podcast, essa conversa passou por uma revisão e edição. Seria injusto eu fingir que não. Então não se admirem se algum carimbo de data e hora estiver deslocado da sua posição original; isso foi feito para deixar o texto mais fluido :) ]
Demorou um pouco, mas tá aí :D


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[00:30, 12/5/2016] Chu: 
- O que rolou foi: a Drunga disse que não curtia nudes. Aí eu falei um pouco da experiência que eu tive trocando nudes e o que a troca me fez pensar sobre as pessoas e pãns. Então (como eu tinha dito pra ela): trocar nude é uma maneira de trocar intimidade com outra pessoa. Por isso um amigo meu diz que é quase como fazer sexo. Você dá algo pra pessoa e ela te dá algo de volta.

[00:31, 12/5/2016] Nicolas:
- Eu não sabia em toda essa profundidade do papo do nude.

[00:31, 12/5/2016] Chu:
- Acho que quando a gente imagina nude a gente pensa em foto de gente pelada.

[00:31, 12/5/2016] Drunga:
- Ainda não chegou na profundidade, Nicolas.

[00:31, 12/5/2016] Nicolas:
- Trocar Intimidade vulgo trocar... "saliências".

[00:32, 12/5/2016] Chu:
- Que é super impessoal, e a Drunga defendeu esse ponto falando comigo. Tipo, eu posso ver gente pelada, só abrir uma aba aqui do lado e procurar no google. Mas o nude tem uma coisa de xaveco, trocar ideia, conversar. Até que em algum momento as duas pessoas fiquem a vontade e troquem essa intimidade. Por isso parece um sex.

[00:32, 12/5/2016] Drunga:
- Defendi? não lembro...

[00:33, 12/5/2016] Chala:
- Hm

[00:33, 12/5/2016] Chu:
- Aí, também tem a questão política, que a Drunga apontou primeiro, que é que tem muita menina que usa o nude como empoderamento.

[00:33, 12/5/2016] Drunga:
- Ah é, lembrei!

[00:34, 12/5/2016] Chu:
- Não vou falar de empoderamento feminino porque cabe à menina do grupo. Vou só incluir que o empoderamento também se liga à uma relação social do nude/selfie, porque o nude é um tipo de selfie, e a selfie, além de ser um "movimento" tosco de auto afirmação, também pode ser uma ação política, um atestado da própria existência ou do próprio estado naquele momento. Como se ela atestasse: Eu vivi esse momento e estive nesse lugar.

[00:35, 12/5/2016] Drunga:
- Sobre empoderamento: tirar nudes é um jeito das minas se aceitarem, aceitarem seu corpo.

[00:35, 12/5/2016] Nicolas:
- Gente, sério eu amo vocês hahaha

[00:35, 12/5/2016] Chu:
- Foi por aí que eu falei nos áudios. Agora eu acho que falei demais uashuashau Queria ouvir/ler vocês lol

[00:36, 12/5/2016] Nicolas:
- Então, sobre a questão de nude como forma de trocar saliências.

[00:37, 12/5/2016] Chu:
- (se desse, eu ia pedir pra Drunga desenvolver o lance do empoderamento)

[00:37, 12/5/2016] Drunga:
- Saliências não, intimidade.

[00:37, 12/5/2016] Chu:
- Isso. Intimidade, saliências envolve contato físico.

[00:38, 12/5/2016] Nicolas:
- Pera, Drunga desenvolve a fita do empoderamento. Antes de eu falar, porque meio que pode repetir coisa.

[00:39, 12/5/2016] Drunga:
- Calma, vou copiar um texto. É que não to achando hiuahsiua Tá, foda-se o texto. Se empoderar é se libertar das amarras machistas, é se tornar independente dessas coisa assim. E cada mina passa por isso de um jeito. Estudando, escrevendo sobre, tirando foto de si pra se admirar e aceitar seu corpo, pra ver que as diferenças é que são legais. Tá difícil tentar explicar um negocio que pra mim é obvio D:

[00:43, 12/5/2016] Chu:
- Você tá indo bem.

[00:44, 12/5/2016] Nicolas:
- Tá mesmo.

[00:44, 12/5/2016] Drunga:
- Mas não sei como concluir.

[00:44, 12/5/2016] Chu:
- Queria tirar uma dúvida... (acho que vc concluiu, na real .-. )

[00:44, 12/5/2016] Drunga:
- (ai, que bom porque travei aqui)

[00:44, 12/5/2016] Chu:
- Dúvida: empoderamento é exclusivo em questão de gênero? Eu não posso falar de empoderamento negro, por exemplo?

[00:44, 12/5/2016] Chala:
- (entre parênteses eu imagino a gente falando baixinho)

[00:45, 12/5/2016] Chu:
- (sussurros)

[00:45, 12/5/2016] Drunga:
- Pode.

[00:45, 12/5/2016] Chu:
- Beleza :D Dúvida sanada auhsuahs

[00:45, 12/5/2016] Drunga:
- Mas não pode falar tipo "empoderamento pobre", ta ligado? hsiuahiua

[00:45, 12/5/2016] Chu:
- Por que? D:

[00:45, 12/5/2016] Drunga:
- Empoderamento LGBT pode também. Ou não, acho que não.

[00:46, 12/5/2016] Chu:
- Os que não, pq não?

[00:46, 12/5/2016] Drunga:
- Porque ai envolve outra política.

[00:46, 12/5/2016] Chu:
- Não vou insistir pra não acabar num off topic gigante, mas podemos debater isso também num futuro próximo auhsauhs Voltando aos nudes, Drunga, quer acrescentar algo mais?

[00:47, 12/5/2016] Drunga:
- "Empoderamento ou empowerment, em inglês, significa uma ação coletiva desenvolvida pelos indivíduos quando participam de espaços privilegiados de decisões, de consciência social dos direitos sociais. O empoderamento possibilita a aquisição da emancipação individual e também da consciência coletiva necessária para a superação da dependência social e dominação política. O empoderamento devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto de cidadania, e principalmente a liberdade de decidir e controlar seu próprio destino com responsabilidade e respeito ao outro."

[00:48, 12/5/2016] Chu:
- Ok, bem completo :T Mas fica para a próxima discussão ;D auhsaushau

[00:48, 12/5/2016] Drunga:
- Dicionário :v hiuahsiua

[00:48, 12/5/2016] Chu:
- uahsuahasuhas Algo mais?

[00:49, 12/5/2016] Drunga:
- Sobre empoderamento não. Quero ouvir as opiniões do Chala e do Nicolas sobre nudes.

[00:50, 12/5/2016] Chu:
- Nudes, sim, por favor. Mais opiniões.

[00:50, 12/5/2016] Nicolas:
- Isso pode demorar.

[00:50, 12/5/2016] Chu:
- Vai escrevendo. Eu to procrastinando trabalho mesmo.

[00:50, 12/5/2016] Nicolas:
- Sobre o que falei pra Drunga, já...

[00:50, 12/5/2016] Drunga:
- Fala de novo, jovem haishuia

[00:51, 12/5/2016] Nicolas:
- Como ela tinha me dado detalhes como o Cauê, e perguntou de forma mais pessoal. Eu respondi como eu penso em relação ao assunto.

[00:51, 12/5/2016] Chu:
- [~~o Cauê~~]

[00:52, 12/5/2016] Drunga:
- [~~o Cauê~~], Fiquei um tempinho aqui, ''quem é Cauê...?''

[00:52, 12/5/2016] Nicolas:
- Como eu penso em relação a mim no ato. Eu não mando nudes por motivos de não gostar do meu corpo pra me sentir apto a isso, porém não ligo de receber, mas não é algo que me excita sexualmente no momento, mas acho legal o fato da pessoa confiar em mim a esse ponto e demonstrar afeto e interesse em relações mais íntimas.

 [00:56, 12/5/2016] Chu:
- Algo mais Nicolas?

[00:57, 12/5/2016] Nicolas:
Me perdi no assunto, se tentar retornar vou me embananar.

[00:57, 12/5/2016] Chala:
- Por enquanto eu assino embaixo no comentário do Nicolas haha

[00:57, 12/5/2016] Nicolas:
- Ahh, sim, voltando: Porém em relação de pessoas, assim terceiros mandando nudes entre si, eu aceito o fato de acharem isso um ato sexual, aceito não é a palavra certa, mas acho que dá pra entender. E também o fato que isso pode ser pra eles também um ato de empoderamento, e acho isso bacana [Fim]

[01:01, 12/5/2016] Chu:
- Hum, entendi o "aceito" uashuas Chala? Ou Nicolas, se quiser falar algo mais...

 [01:03, 12/5/2016] Nicolas: Poderia usar:
- Respeito/sou de boa [para o aceito]

[01:07, 12/5/2016] Chala:
- Acho uma parada super válida, mais um meio pra trocar intimidades e conhecer pessoas... minha única experiência de receber um nude foi ok, mas nada assim super "meu deus, amo isso, quero sempre", e se serve como um meio pra que a aceitação do próprio corpo ocorra, o que acho também absolutamente verídico, melhor ainda!

[01:07, 12/5/2016] Chu:
- Hum, tem isso também.

[01:07, 12/5/2016] Nicolas:
- Eu estou na mesma que o Chala.

[01:08, 12/5/2016] Chu:
- Eu troquei nudes, né, e foi tipo "beleza, legal", que na real é um pouco o feeling de transar casualmente. Quando fiquei com a crush x (que não pode ser nomeada,  doravante chamada Voldemort) foi bem gostoso, mas ao mesmo tempo tinha um gostinho de "ah, coisas que acontecem".

[01:08, 12/5/2016] Drunga:
- Eu sou completamente indiferente sobre receber nudes. Vou ver como uma foto qualquer e fim.

[01:09, 12/5/2016] Chu:
Drunga, isso pode ter a ver com a maneira como você se relaciona com o objeto foto, entende?

[01:09, 12/5/2016] Drunga:
- Sim...  mas, meu, é uma foto (vou generalizar falando só de nude feminino pq nude masculino é bem bosta).

[01:10, 12/5/2016] Chu:
- Mas é um corpo :T entende?  Tipo,  vamos supor: eu to andando na rua e uma mina aparece do nada sem camisa nem sutiã--

[01:10, 12/5/2016] Nicolas:
- A Drunga é bem fria hahaha

[01:10, 12/5/2016] Drunga:
- Mas é uma foto. Porque erotizar peitos e bunda?

[01:11, 12/5/2016] Nicolas:
- A palavra erotizar é bem difícil de ser interpretada ai...

[01:12, 12/5/2016] Chu:
- Sim.

[01:12, 12/5/2016] Nicolas:
- Sim, Chu. O que é erotizar em si? Se erotizar é algo que excita--

[01:12, 12/5/2016] Chu:
- Pera, posso defender meu ponto uahsuash

[01:13, 12/5/2016] Drunga:
- Não é frieza, gente. Eu só não vejo como ''oh, meu deus, peitos'' porque são só peitos. Todo mundo tem. Alguns são maiores que outros. Fim. Deal with it.

[01:14, 12/5/2016] Chu:
- Me dá um minuto pra pegar duas imagens.
http://www.tribunauniao.com.br/news/seios.jpg
http://msalx.veja.abril.com.br/2014/08/08/2250/pe6Cx/seio620-original.jpeg?1402459138
- Ó, olhem as duas imagens. A primeira é uma foto "descritiva" de seios (descritiva entre aspas porque eu não sei se essa categorização existe como eu to usando aqui). Enfim, a primeira foto mostra seios. "Seios, foda-se". A segunda não mostra seios, e ela pode ser entendida como sensual por causa de: posição dos braços (uma mão que cobre o mamilo, instigando o observador a querer ver mais), um certo ar de mistério, num corpo que está de costas quando o objeto de interesse está na frente...

[01:19, 12/5/2016] Chala:
- (estamos prestes a entrar numa questão difícil)

[01:19, 12/5/2016] Drunga:
- (estamos prestes a entrar numa questão BEM dificil)

[01:19, 12/5/2016] Chu:
- Então, calma, deixa eu terminar. Isso é leitura corporal.

[01:20, 12/5/2016] Chala:
- (sim, foi só um adendo)

[01:20, 12/5/2016] Chu:
- Não to dizendo que ela vem do nada, só to dizendo que é leitura corporal. Diz-se que só pode apreender a arte quem sabe olhar a arte. Em suma, quem sabe ler o objeto de arte.
A Drunga é fria? Não. Eu diria que ela é "insensível" à leitura da imagem do corpo. Insensível no sentido puro, de não se sensibilizar.

[01:21, 12/5/2016] Nicolas:
- Concordo, Chu.

[01:22, 12/5/2016] Chala:
- (acredito que ela dirá o porque)

[01:22, 12/5/2016] Chu:
- De onde vem a tendência de erotizar seios e bunda? Eu arrisco dizer que vem da origem selvagem do ser humano, e apenas isso. Porque eu não acho que o problema seja erotizar seios e bunda.

[01:23, 12/5/2016] Drunga:
- Ai, gente, naturalismo é lindo, aceitem que corpos são só corpos e vocês serão muito mais livres e felizes.

[01:23, 12/5/2016] Chu:
- Eu acho que o problema é que seios e bunda são erotizados a todo momento, em todo lugar, sem haver nenhuma necessidade disso. Mas, Drunga, corpos são só corpos, de fato. Só que expressam uma linguagem.

[01:23, 12/5/2016] Nicolas:
- Assim, erotizar é o ato de "sentir-se erotizado/sentir tesão", ou erotizar é você impor sua erotização do corpo do terceiro?

[01:24, 12/5/2016] Chu:
- Eu diria que os dois, Nicolas. Pera, deixei meu ponto claro? Sobre erotização...

[01:24, 12/5/2016] Nicolas:
- Por isso é meio difícil usar essa palavra.

[01:25, 12/5/2016] Chu:
- Eu tenho um exemplo se quiserem

[01:25, 12/5/2016] Chala:
- Exato, corpos são o que são, mas atribuímos a eles um significado... Como quando assumimos que pisar na foto de alguém é apenas pisar num papel, mas representa algo mais.

[01:25, 12/5/2016] Drunga:
- Exatamente, Chala.

[01:25, 12/5/2016] Chu:
- Eu acho que esse exemplo do Chala não funfou :S

[01:26, 12/5/2016] Nicolas:
Mas eu me sinto excitado com peitos e bundas, em situações adequadas, mas não erotizo qualquer peito e bunda.

[01:26, 12/5/2016] Drunga:
- Funcionou perfeitamente, Chu.

[01:26, 12/5/2016] Chu:
- Ou talvez tenha funfado...

[01:26, 12/5/2016] Chala:
- Foi pra exemplificar nossa capacidade simbólica.

[01:26, 12/5/2016] Chu:
- Uhum.

[01:26, 12/5/2016] Nicolas:
- Acho que o Chala explicou bem.

[01:26, 12/5/2016] Chu:
- Mas eu me sinto excitado com peitos e bundas, em situações adequadas, mas não erotizo qualquer peito e bunda. Como o Nicolas disse.

[01:27, 12/5/2016] Drunga:
- Então, mas concorda que peitos e bundas são hiper sexualizados?

[01:27, 12/5/2016] Chu:
- Ah, sim, com certeza.

[01:27, 12/5/2016] Chala:
- Eu não acho que essas partes do corpo nos excitem por motivos puramente naturais.

[01:27, 12/5/2016] Drunga:
- Eu já nem lembro como a gente chegou aqui pra eu concluir.

[01:28, 12/5/2016] Nicolas:
- Mas pra mim a excitação por isso vem mais do sentido sentimental do que do físico/natural, enfim. Ixe, disse o mesmo que o Chala...

[01:28, 12/5/2016] Drunga:
http://www.lado-m.com/a-erotizacao-dos-seios/

[01:28, 12/5/2016] Chu:
- Antes de pedir pro Nicolas desenvolver, posso dar meu exemplo, acho que ele esclarece algo .-.

[01:29, 12/5/2016] Chala:
- Diga lá. (abrindo texto da Drunga)

[01:29, 12/5/2016] Chu:
- Meu exemplo, de jeito rápido: (eu to defendendo a erotização, mas não concordo com hiper erotização, inclusive, acho ridículo.)

[01:30, 12/5/2016] Drunga:
- CALMA: "Para se dissociar do peito materno (mole e caído), o peito feminino é ressexualizado e erotizado (duro e firme). Além de sexualizado, ele é também mercantilizado, através de processos como as redefinições de tamanho, desenho e forma. A erotização dos seios femininos tem lugar para apenas um tipo de seio.
Ele deixa então de representar a fonte da vida para representar a fonte de prazer, cabendo à mulher o papel de simples servidora. Primeiro, ela serve ao filho. Depois, ao homem."

[01:30, 12/5/2016] Chu:
- Sim, Drunga, precisamente... Hm, queria perguntar, Drunga. Você não gosta de erotização de nenhum tipo?

[01:32, 12/5/2016] Drunga:
- "Para reverter a erotização dos seios é necessária a renaturalização do corpo feminino e a sua dissociação do pecado. É preciso devolver o corpo da mulher para ela. É preciso entender que ele não é objeto para a satisfação sexual masculina." <3 font="">
Sei lá, Chu, acho que nunca parei pra pensar nisso.

[01:33, 12/5/2016] Chu:
- Posso dar meu ponto, então?  meu exemplo, no caso uahsuash Eu fiz uma matéria na faculdade: Desenho de Figura Humana. a gente desenhava pessoas, que estavam ali ao vivo, nuas, normalmente alunos do teatro e: suave. porque o corpo é um corpo.

[01:33, 12/5/2016] Nicolas:
- Que maneiro. Eu acho que me sentiria envergonhado.

[01:34, 12/5/2016] Chu:
- Um dia, foi uma menina pra posar, e numa pose x lá, do ângulo que eu estava-- Calma, travei, me dá uns segundos...

[01:34, 12/5/2016] Drunga:
- Nossa deve ser muito legal isso de posar pra desenho :o

[01:35, 12/5/2016] Chu:
- Sim, eu me ofereci, mas nunca me chamaram :( Então, do ângulo que eu estava, eu teria condições de fazer um desenho sensual dela, ou fazer uma foto se fosse o caso. Porque a leitura do corpo dela permitia essa possibilidade. porém--

[01:36, 12/5/2016] Nicolas:
- Eu entendo que corpo é corpo, e aceito, mas nudez costuma me envergonhar, mas acho que é algo mais que como não aceito meu corpo, me sinto """""oprimido""""""

[01:36, 12/5/2016] Chu:
- Desconstrói isso ficando pelado,  fácil. Então, a leitura do corpo dela permitia essa interpretação "erótica", que eu ignorei óbvio, porque eu estava em aula e muito distante de uma situação erótica. Se estivéssemos eu e ela, trocando olhares, conversas, xavecos, num quarto e pã, seria erótico.
Erótico não é só uma questão da imagem pura e simples. como na primeira foto que eu coloquei aqui, que não tem nada de erótica. Agora, aquela primeira foto, tem um monte de omi babão sem noção nenhuma de respeito e nem de que uma mulher é uma pessoa, erotizando ela. Sou contra essa erotização forçada que impõem à mulher, não contra o erótico em si. O erótico existe, faz parte da linguagem do nosso corpo, o que não pode, é forçar ele pra fora dessa naturalidade.

[01:39, 12/5/2016] Nicolas: 
- "Erótico não é só uma questão da imagem pura e simples." Concordo com o Chu. Repressão pira que rola sobre corpo da mulher é algo que não entra na minha cabeça.

[01:45, 12/5/2016] Chala:
- Concordo, o erótico é um expressão dessa nossa capacidade simbólica e, num contexto específico, um gesto ou uma parte do corpo pode suscitar ideias excitantes... mas o contexto é mutável, pode ser algo bacana e gostoso, mas também nocivo.

[01:41, 12/5/2016] Chu:
- "É preciso entender que ele não é objeto para a satisfação sexual masculina." Não é, mas pode ser usado como, se a dona dos seios em questão quiser :)

[01:41, 12/5/2016] Drunga:
- Ou o dono!** (ai gente que conversa amorzinho <3 span="">

[01:41, 12/5/2016] Chu:
- "Repressão pira que rola sobre corpo da mulher é algo que não entra na minha cabeça." Totalmente! Você são uns lindos. Vou ficar salvando as conversas daqui aushaush "Ou o dono" bem lembrado!

[01:43, 12/5/2016] Nicolas:
- Ou o dono, sim. Essas questões sobre trans e identidade de gênero ainda me confundem muito, se eu disse merda por favor me corrijam.

[01:44, 12/5/2016] Drunga:
- Corrijo, nicolas (:

[01:44, 12/5/2016] Chu:
- Acho que não falou nada, não :T pelo menos não ainda uahsuahs

[01:45, 12/5/2016] Nicolas:
- Eu não sabia que traveco era subjetivo cara, pra tu ter uma noção.

[01:45, 12/5/2016] Drunga:
- Pejorativo, ele quis dizer!

[01:46, 12/5/2016] Nicolas:
- SIM! Nossa viajei aqui hahaha

[01:46, 12/5/2016] Chu:
- auhaus

[01:47, 12/5/2016] Chu:
- Eu acho que a gente conseguiu debater o assunto .-. Tipo, eu não conseguiria ir a partir daqui. Vocês tem noção, que a gente fez um podcast escrito?

[01:49, 12/5/2016] Drunga:
- NOOOOOOOOOOOSSA!

[01:49, 12/5/2016] Chu:
- Inclusive, acho que devíamos fazer mais uashuashasu

[01:49, 12/5/2016] Nicolas:
- A gente devia fazer um. Quem quiser discutir outro tópico coloca de nome do grupo, aí todo mundo já sabe o que se trata.

[01:50, 12/5/2016] Chala:
- Boa ideia!

[01:50, 12/5/2016] Chu:
- Pootz, eu queria salvar a conversa,  mas não vai rolar. vou ter que selecionar ela toda e copiar uahsuahsusa

[01:51, 12/5/2016] Nicolas:
- Por que?

[01:51, 12/5/2016] Chu:
- Vou postar no meu blog uahsuash

Café (o MEU café)

"Bom, o blog é meu. Se eu já postei miojo aqui, postar chá não parece tão absurdo até"
- Eu mesmo em 9 de Dezembro de 2014.

É com essa que eu começo a receita de hoje uahsuashuas


Bom, você precisa de:

  • café solúvel
  • açúcar
  • água
Preparo:
Ferva a água.
Enquanto ela ferve, coloque 2 1/2 colheres de sobremesa de café solúvel numa caneca.
Sim, uma caneca. Uma FUCKING CANECA.
Ainda enquanto a água ferve, adicione cinco colheres de açúcar consideravelmente cheias (use a mesma colher pra economizar na louça suja).
Quando a água ferver, adicione-a na caneca e misture bem, mas cuidado para não derramar.
Aguarde meia hora para que o café esfrie, isso realça o sabor.
Agora que o seu café parece um café de sala de espera de consultório médico, ele está pronto. Aproveite ;D

É sério, eu bebo isso :T

terça-feira, 21 de junho de 2016

Oi (97)

Olá, pessoas.
Eu venho escrevendo "bastante" no blog esses tempos e mesmo assim não to escrevendo tanto quanto eu gostaria. Tenho essa sensação constante de que tenho coisas demais pra dizer e acabo não dizendo porque não consigo organizar os pensamentos. Por exemplo, acabei de excluir um rascunho de um texto que comecei e não terminei, nem nunca iria terminar. sou daqueles que quando é pra dizer, fala logo. Esse negócio de deixar pra depois não funciona pra mim.
Ansiedade pura e simples...

Bom, já que não to organizando os pensamentos do jeito que queria, vou contextualizar o que está passando na minha vida.

Semana passada, em algum dia, não lembro qual, fez quatro anos da minha primeira tatuagem. Acho interessante que esse detalhe tenha passado pelo meu feed do facebook, porque eu não lembraria espontaneamente e porque o momento que estou passando condiz com o significado que a tatuagem tem pra mim.
Se você não sabe, tatuei HERO nos dedos quase como um impulso de me lembrar das minhas responsabilidades, lembrar as coisas que estipulei pra mim e o fato de que eu sou responsável pelo que faço. Uma vibe meio Tio Ben e Peter Parker ("com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades"). O Homem-Aranha é um super-herói marcante na minha vida, me identifico e tal.

Segunda coisa que queria contextualizar é um achieviment que consegui dois dias atrás.
Fui num show do Racionais MC's.
Meu primeiro show de rap e logo dos caras que me introduziram no rap. E isso é muito importante pra mim porque antes de entrar no universo core, eu me identificava com o rap. O rap foi o primeiro estilo musical que defini como parte da minha identidade (lá pelos 15 anos) e só depois de 4 ou 5 anos foi que comecei a me identificar com o post hardcore e eventualmente com o core em si.
Devo muito do meu eu ao rap, é um gênero que eu não abandono, apesar de não adicionar novas músicas à minha "playlist", mas carrego sempre comigo e muitas vezes é o gênero que consegue me acalmar quando estou muito mal.
Background à parte, foi uma emoção única cantar clássicos do Racionais junto com os caras, ali, bem na minha frente. Experiência única, sem comparação com nada que eu já tenha vivido. Foi incrível, pra mim, descobrir que sei as letras de Nego Drama e Vida Loka parte I completas, ter gritado cantado A Vida É Desafio (que é quase um hino pra mim) acompanhado de tantas vozes, curtindo aquela energia. BAH! Foi demais.
Paguei meia entrada, mas se tivesse podido pagar a inteira, teria pago sem dó.

Por hoje era só isso. Queria por essas palavras pra fora antes que acabasse sufocando isso dentro do meu peito.
Agora vou ali cuidar de outras coisas genéricas, me desejem sorte

terça-feira, 14 de junho de 2016

Diga - Visconde // Diga (parte 2) - Fresno ♪


Ontem eu sonhei com você
Eu só te liguei porque eu precisava ouvir
Aquelas coisas que eram tão normais
Que a gente já nem falava mais
Eu queria tanto te ouvir dizer agora

Então diga que não vai sair da minha vida
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu

Então diga que o tempo fecha todas as feridas
E que pra nós existe uma saída
Que nem por um segundo me esqueceu

E hoje acordei sem você
E eu só percebi quando eu senti falta de mim
Pois existem coisas que eu queria mais
(Pois existem coisas que eu queria mais)
(Aaaaah...)
E tantas coisas pra deixar pra trás
(aaaaah...)
Eu queria tanto te ouvir dizer agora
(Eu queria tanto te ouvir dizer agora)
(... aaah)

Então diga que não vai sair da minha vida
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu

Então diga que o tempo fecha todas as feridas
E que pra nós existe uma saída
Que nem por um segundo me esqueceu...

Então diga que não vai sair da minha vida
(Então diga...)
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu
(Aaaah...)

Então diga que o tempo fecha todas as feridas
(Então diga...)
E que pra nós existe uma saída
(E que pra nós existe uma saída)
Que nem por um segundo me esqueceu

Diga...

Diga...

Aaaah...

Então diga...

Tira a maquiagem pra que eu possa ver
Aquilo que você se esforça pra esconder
Agora somos só nós dois, já podes parar de fingir

Mas cala essa boca e me diz com o olhar
Quem era você até me encontrar?
Se agora és diferente,
O que eu fiz que te fez mudar?

Eu lembro dos lábios tremendo ao dizer
Eu não vivo sem você

Então diga que não vai sair da minha vida
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu

Tira essa roupa pra que eu possa ver
Que não há uma arma tentando se esconder
O mal vive num lar perfeito e sem infiltração

E tira o cabelo da cara e me diz
Se por um segundo quiseste me ver feliz
Ou se és o meu destino tentando me dar outra lição

Eu lembro de cerrar os punhos pra dizer
Eu não amo mais você

Me diga que não volta mais pra minha vida
E que a nossa estrada é bipartida
Esqueça o dia em que me conheceu

Então diga que nem todo o dinheiro dessa vida
Não vai comprar de volta a acolhida
No peito de quem já foi todo seu

A casa é minha, mas pode ficar
Eu volto amanhã e não quero mais te enxergar
Faça suas malas e nunca mais volte aqui

E eu juro pela vida da mãe e do pai
(E eu juro pela vida da mãe e do pai)
Ciente do peso da expressão "nunca mais"
(Ciente do peso da expressão "nunca mais")
Volte a oferecer teu corpo a quem preferir

Viver ao lado de quem não tem nada pra dizer
Confesse pra mim de uma vez
(Aaaaah...)
(... AAAH...)

Mas diga que nunca foi feliz nessa tua vida
(Mas diga...)
(... aaah...)
Teu texto, teu sorriso de mentira
(... aaah...)
Pode enganar a todos, não a mim
(aaaaah...)
(... CHEGOU O NOSSO FIM)
(... a todos, não a mim)

Então diga que essa mão que acena na partida
(Aaaah...)
Por tantos IDIOTAS pretendida
É a mesma que decreta o nosso fim... yeah
(Aaaaaah...)

Assisto aos teus passos, como a um balé
Quem vais usurpar, agora que ninguém te quer?
A verdade demora, mas chega sempre sem avisar

E o grito contido no teu travesseiro
Ecoa nos lares do mundo inteiro
Não tira esse rímel, pois hoje eu quero vê-lo borrar
Uns dias atrás eu estava muito triste com alguma coisa e queria ouvir música pra tentar me acalmar. Fiquei rodando as minhas músicas por alguns minutos sem escolher nada, porque simplesmente não sentia que as músicas que eu tinha na biblioteca conseguiam dar conta do que eu estava sentindo.
Eu não queria escolher alguma outra música que tivesse. Não queria estragar o que sentia por aquelas músicas com um outro sentimento que não correspondia a elas. Ao mesmo tempo, meu coração e minha mente pulsavam como um pedal duplo, tão rápido que parecia um zumbido, seria difícil escutar uma música que não estivesse no tempo que minhas emoções impunham.
Decidi não escutar nada e tentar me acalmar focando no som que eu mesmo estava produzindo na minha cabeça. Um pedal duplo, contínuo, muito rápido.
Quando os nervos se acalmaram um pouco, percebi que nesse tempo de silêncio, quebrado por um som que só existia na minha cabeça, me senti mudo. Foi um breve momento no qual eu não conseguiria expressar nenhum som vocal, e talvez nem mesmo conseguisse produzir um som a partir de uma ação (um batuque na mesa, por exemplo).
Foi um momento em que o único som que eu estava capaz de ouvir seria algum som no tempo e no tom do som que já estava ecoando na minha mente. Como uma surdez seletiva. Não é que meu corpo não ouvisse os sons externos, meu corpo estava indiferente a eles.

sábado, 11 de junho de 2016

Oi (96)

Eu acabei de dar um oi e já vou dar outro.
Só pra deixar registradas aqui no blog algumas coisas que tenho vivido.
Vou começar pela mais doída: Abortei meu TCC.
Eu ia defender a qualificação dele já no final desse mês, pra poder me formar no fim do ano.
Bom, me atrapalhei com algumas responsabilidades, tive dificuldades emocionais e, além da ansiedade, passei por um pouco de depressão.
Eu, que já não sou uma pessoa com ~~muita~~ vontade de viver, me vi numa situação onde realmente não me importava mais em continuar respirando.
[Talvez eu tenha me expressado mal; eu TENHO vontade de viver. O meu problema com o viver é que faço parte de uma sociedade que considero atrasada, não tenho perspectivas de ver as coisas melhorarem e me sinto incapaz de fazer as coisas melhorarem. Pra ser adulto nessas condições, admito que não faço muita questão]
Diante desse embolotado de emoções, eu decidi que era melhor deixar passar essa responsabilidade. Por hora.
A segunda coisa que queria contextualizar é que estou frustrado com a situação política (do país e) da UFPel...
Recentemente nossas eleições para DCE foram fraudadas, e consequentemente, canceladas. Aparentemente a chapa da extrema esquerda ia ganhar, e aí a chapa da situação tentou uma manobra para fraudar a contagem de votos. Descobriram no ato da apuração e com isso nós ficamos sem DCE.
Agora, umas duas horas atrás, foi feita a apuração dos votos para a reitoria e vão pro segundo turno a chapa da situação, que começou a fazer esforços estruturais no último ano, claramente para chamar atenção para o seu mandato, e uma chapa com uma frente liberal maluca que até parece fantasiosa, prometendo investimentos incabíveis pra uma economia enfraquecida como a que vivemos.
só queria contextualizar isso, mesmo. E como eu disse uns textos aí pra baixo: Não vou me importar de deixar esse texto sem uma conclusão.
Nunca mais publiquei receitas no blog, me pergunto se a razão é que não acho minhas receitas interessantes ou se elas falam mais sobre as minhas emoções do que eu gostaria de expor aos outros.
Houve um tempo em que eu tentava concluir tudo que eu escrevia, porque acreditava que algo não deveria ser publicado sem um término. Bom, eu cresci e percebi que, na vida, as coisas não terminam. Tudo se emenda continuamente, uma coisa na outra, independentemente se se relacionam ou não.
Quando me dei conta desse fato, comecei a publicar pensamentos soltos, pouco me importando se eu havia concluído eles ou não.
Passei a me apaixonar por pensamentos soltos, e atualmente, eles são o motivo maior da minha pesquisa em Artes Visuais.

Oi (95)

Nesse momento, eu nem sei dizer se faz um tempo longo que ão escrevo no blog ou se é só a impressão que tenho por causa dos dias e semanas longos que eu tenho passado.
O fato é que recentemente eu tenho sentido uma ânsia por escrever várias coisas, desenvolver diversos pensamentos e a inércia de permanecer em silêncio tem falado mais forte.
Antes, quando eu me deixava levar pela inércia de não escrever, eu esquecia o assunto que queria desenvolver e eventualmente isso saía da minha cabeça.
Agora, acontece o contrário. Os assuntos estão se acumulando no fundo da minha garganta e eu sinto que cada vez mais preciso trazê-los a tona antes que eu engasgue.
Minha maior vontade nesse momento é gritar, destruir tudo à minha volta e tentar impor alguma dor ao universo que me rodeia. Porque é assim que a minha mente está nesse momento.
Sou um turbilhão de coisas acontecendo e se misturando. Umas boas, a maioria ruim e nenhuma que eu saiba lidar de maneira tranquila.
Ultimamente, o melhor que posso fazer pelos meus problemas pessoais é abaixar a cabeça e fingir que não estou os vendo.
O nome do blog nunca fez tanto sentido.
Esses fantasmas estão cada vez mais perto de mim, eventualmente vão me afogar.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Nessas horas eu sinto tanta coisa ao mesmo tempo que nem acho que consigo expressar
E é a primeira vez em que fico tão abalado emocionalmente que não me sinto hábil para escrever
Mais pelo exercício de escrever do que pela expressão em si, eu poderia começar por conceitos
Que parece que são a única coisa que consigo sentir agora; conceitos...
Ódio
Tristeza
Impotência
Fraqueza
Destrutividade
Infelicidade
Dor
Loucura

sábado, 7 de maio de 2016

Um Lugar

Queria me teletransportar daqui
Ir pra um lugar distante e quieto
Fumar um cigarro e morrer deitado na grama

Um lugar onde o tempo não possa me encontrar
Um lugar onde nada importa e só o vazio exista
Um lugar no qual eu finalmente encontre a paz

terça-feira, 26 de abril de 2016

Por que eu sinto isso?
Essa ansiedade bizarra que aparece quando eu te vejo
Eu fico tenso, como se estivesse apaixonado
Ou será que só quero me convencer que não estou?

Minha razão me impede de arriscar esse sentimento
Porque no fundo sei que não daria certo
Sei que é passageiro

Mas por que é passageiro?
Porque é de fato ou porque não me permiti mais?

Não sei o que dizer
Só sinto...
Sinto e sigo em frente
Escrevendo...
Pensando...
E assim por diante

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Transbordando Vida

Sigo tentando o equilíbrio
Entre o caos e a ordem
Entre a razão e a emoção
Entre a vida e a morte

Uma linha tênue
Que permite afogar-se sem se perder sob o oceano
A linha que separa os loucos dos gênios
Que faz a diferença entre o absurdo e o razoável

Quanto tempo vou resistir desse jeito?

A vida pesa sobre meus ombros
E me faz querer a morte
A busca pela morte me enche de vida
E me faz viver intensamente

Talvez não haja nada de equilibrado nisso
E eu só esteja sendo devorado pela loucura
Transbordando vida
De um corpo que de outro modo estaria morto

segunda-feira, 28 de março de 2016

Oi (94)

É engraçado ver como a bad ataca do nada, às vezes... Eu vi um documentário que um amigo me enviou no chat do Facebook. Um documentário que era mais uma coletânea de imagens de um grupo de garotos andando de patins por aí. Andando, fazendo manobras e tal.
Vendo o documentário eu pensei: Eu poderia gravar vídeos assim, acompanhar esportistas como esses e fazer o audiovisual deles (eu AMO esportes de rua - skate, patins, parkour).
E aí, junto com esse pensamento, eu percebi o óbvio. Eu não sei fazer essas coisas.
Não as manobras. Não sei fazer um documentário. Como vou conhecer essas pessoas?  Que equipamento devo usar? Onde farei isso? Quanto isso me custaria? Como faria um edital de incentivo? Enfim. As perguntas básicas de alguém que quer fazer alguma coisa.
E com essas perguntas na cabeça me bateu um desânimo violento. Como que dizendo: Você não consegue. Desiste.

Tenho vinte e quatro anos. to começando o meu quinto ano na faculdade de Artes Visuais, depois de ter largado um curso técnico pra trás. E eu não sei onde vou com isso.
Sinto a cobrança de todos os lados (e não acho a cobrança injusta). Vejo que preciso de um trabalho. Mas fiz questão de ir pra uma faculdade, procurar uma especialização, pra chegar na reta final dela e sentir que a única coisa que sou perfeitamente capaz de trabalhar é no comércio.
Isso que eu escrevi na última frase não é verdade, mas é como eu me sinto.
Faz sete anos que saí da escola e não me sinto preparado pra entrar no mercado de trabalho em algo que gosto.
Pior, talvez eu nem saiba o que eu gosto.

Quando eu me sinto assim, a única coisa que me parece plausível é tirar uma temporada (uns três meses, pra não dizer um ano) e sumir no mundo, tentar achar o meu caminho, a minha razão.

A única coisa prática que posso dizer que quero hoje é minha viagem de volta ao mundo. Quero isso mais do que qualquer outra coisa, nesse momento. Quero pegar uma meia dúzia de coisas e desaparecer no mundo. Quero ser livre.
Essa liberdade que eu procuro se manifesta nos esportes que gosto. E por isso sou apaixonado por eles. Porque eles me proporcionam uma percepção do ambiente ao meu redor que me torna livre. E tudo que eu quero é ser livre.

Quando brigava comigo por eu não demonstrar nenhuma vontade para com a escola, minha mãe me perguntava o que eu esperava da vida. Eu nunca tive uma resposta pra isso, e não foi por falta de pensar no assunto. Hoje, até minha namorada me pergunta o que eu quero pro futuro e eu não sei. Eu simplesmente não sei.

Talvez eu não tenha percebido que eu já tinha o que queria. Meus pais puderam me criar tão livre quanto eu queria dentro das minhas necessidades, e o que eu quero é ser livre. Eu não era rico (nunca fui), mas sempre tive uma vida confortável.
Quando criança, essa liberdade cabia num espaço muito restrito, que era o que eu entendia por "mundo". Então eu nunca fiz questão de correr atrás de mais, porque eu tinha o que queria. Agora que sou adulto (e é muito estranho pensar isso, porque eu não me sinto assim), eu tenho uma perspectiva muito ampla do que é o mundo, e eu quero esse mundo pra mim. Então a ponte Marília SP - Pelotas RS não me representa mais. Eu não caibo nesse espaço.
Mas eu não sei lutar por mais. Eu não sei fazer acontecer a liberdade que eu quero. E por ter a experiência de pagar minhas próprias contas, sei que preciso escolher se vou alimentar a mente (ou os caprichos dela) ou o espírito, tendo que contar as sobras do salário no fim do mês pra isso.

Quando eu brinco que se tivesse um milhão de reais no banco, eu estaria feito pro resto da vida, é porque esse valor renderia, de juros numa pupança, uns cinco a seis mil todo mês. Dinheiro que seria suficiente pra alimentar os caprichos da minha mente E a necessidade do espírito de perceber o mundo ao redor. Sem luxos, claro, mas eu não ligo pra luxos.

Acho que era isso que eu queria dizer hoje. Parece vomitado e meio desconexo, mas deve ser assim mesmo. Talvez eu só tenha vomitado no teclado o que estava sentindo

sábado, 19 de março de 2016

Oi (93)

Vim no blog dar oi porque sinto que o mundo tá ruindo e eu não to acompanhando mais nada... Aí quando tudo parece desmoronando eu sempre corro pro blog pra tentar recuperar algo.
Escrever com essa ansiedade toda é muito difícil. Parece que não consigo organizar os pensamentos e aí o que eu acabo fazendo a maioria do tempo é procurar um jeito de me ausentar da realidade. Na maioria das vezes eu jogo pra isso.
Eu acho interessante ver como o ato de jogar tem uma relação forte com o meu emocional. Já joguei pra não ficar pensando nas paixonites da escola, joguei pra esquecer problemas de saúde, joguei pra descarregar raiva e agora eu jogo muito mais pra fugir do mundo real do que por jogar mesmo.
Talvez isso explique o porque de os meus jogos preferidos terem contextos tão próximos com a realidade em si. Não sou de jogar jogos de fantasia e tal. Gosto da realidade. E o que gosto mais nos jogos que jogo é que são uma "realidade" que eu posso interferir como bem quiser.
É estranho ter noção desse escapismo porque sempre me cobro de não tentar escapar à realidade. A realidade é inevitável, né? Então não adianta fugir.
Bom, tenho tentado escapar dos escapismos me concentrando no que tenho pra fazer ou em coisas que me trarão algo de construtivo (desenhar mais, por exemplo).
No primeiro momento, quando traço o plano do que fazer, tudo funciona muito bem e fica organizadinho e tal. Mas, né, a vida é uma caixinha de surpresas. Então eu passo mais tempo pensando no que não fiz até agora do que fazendo...
Organizar meu tempo é uma coisa que meu pai sempre me dizia pra fazer e eu sempre tive dificuldade. Não sou muito bom em seguir horários e tal. É difícil pra mim ter uma regularidade em alguma coisa.

Nunca pensei em mim como uma pessoa instável...
Agora fiquei com a dúvida haha

Conversei brevemente com a namorada e concluímos que não sou instável. Então eu não consigo imaginar de onde venha essa irregularidade do meu ser.
Embora eu só possa me dizer irregular nesse aspecto temporal. Sou uma pessoa até que bem previsível, só não tenho horário certo pra nada.

Eu vou ficar por aqui, porque como já dizia uma cena de Hellraiser 2, the mind is a labyrinth, então se eu ficar em texto tentando desvendar as obscuridades da minha mente, isso não acaba nunca haha
Obrigado por ter lido, volte sempre

quarta-feira, 16 de março de 2016

Whatever - sdds Nissim Ourfali



E eu nem comentei no vídeo o fato de que a música do Nissim Ourfali é do One Direction, então podia caber um processo por copyright, mas aí vc vê que nem os caras do One Direction se importam :T

cá entre nós, espero não tomar strike por usar o nome do garoto no vídeo ¬¬


Whatever - falando sério sobre Nissim Ourfali



Eu consegui expressar meu ponto mesmo, mas achei um texto que reforça o porque de o vídeo não dever ser retirado
http://noticias.r7.com/blogs/querido-leitor/por-que-rimos-de-nissim-ourfali/2012/08/19/

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Whatever - Ansiedade



Tudo que eu falei aqui é baseado no que eu sinto e levemente exagerado como efeito do que eu sinto. Não leve o que eu digo ao pé da letra

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Porque o Twitter não deveria mudar seu limite de caracteres

Se você não sabe, eu sou um usuário assíduo do Twitter.
Comecei a usar o miniblog no final de 2010 e achei incrível como o seu funcionamento é simples. Você escreve e posta. O que você posta aparece na timeline de quem te segue e o que as pessoas que você segue postam aparece na sua timeline. TUDO. Sem filtros como o do Facebook, onde você tem acesso aos posts de quem mais interage com você.
O Twitter é um lugar onde todos tem o mesmo poder de dizer algo. Sem nenhum filtro de popularidade, nenhum filtro de interações. Todos podem dizer qualquer coisa e têm a mesma chance de ser lidos por todo mundo. O Twitter se tornou famoso por seu limite de 140 caracteres por post (ou tweet, que é como chamam o post dentro do Twitter). O que significa que o Twitter é um espaço para dizer algo rápido.

Curiosidade: tweet é uma expressão inglesa para indicar o piu de um pássaro.
Você já deve ter visto pássaros piando. Apesar de piarem muito, um piu é rápido, direto e eficaz.

Um pouco de background: a Twitter Inc. desenvolveu para o seu app de celular um sistema que pré-carrega links para fora do Twitter e, se for possível, exibe as informações principais dessas páginas dentro do próprio app do Twitter. Se não for possível o link te direciona para a própria página, como sempre foi.
Em smartphones esse tipo de carregamento, que simplifica a leitura de dados e deixa as páginas mais leves, é ótimo pois facilita o carregamento da página sem afetar (ou afetando menos) o desempenho do aparelho. Ninguém se opôs a isso.

O que está acontecendo agora (e cuja reação pode ser facilmente verificada no próprio twitter sobre a hashtag #Twitter10K) é que a Twitter Inc. vem estudando um meio de possibilitar textos maiores, incluindo fotos e outras mídias, dentro do próprio Twitter. Ao invés de um link para fora, teríamos um botão do tipo "leia mais", e clicando nele o tweet expandiria e exibiria todo seu conteúdo. Essa funcionalidade busca evitar mudanças na estética da timeline.
Claro que a empresa cita razões positivas para essa mudança, é isso que empresas fazem (veja na matéria da Forbes no final do texto). Mas o que me preocupa como usuário do serviço é a perda de uma característica tão particular em nome de nada, uma vez que isso nunca foi um problema para os usuários. Aliás, os usuários reclamam da ausência de um botão de edição do tweet (para quando alguém digita algo errado) e isso aparentemente nunca foi ouvido pela empresa.

Além do que já comentei, acontecerá uma coisa "engraçada". O Twitter se tornará ainda mais parecido com o Tumblr (outra plataforma de miniblog que é muito similar, mas sem o limite de caracteres).
Ser parecido com o Tumblr é ruim? Não. Mas como usuário, se eu quisesse o Tumblr, eu iria ao Tumblr, e não ao Twitter.

Claro que o meu julgo estético e prático enquanto usuário não vão impedir ninguém de aprovar isso. Mas eu, que sempre me senti tão comtemplado pelo Twitter, que sempre me senti seguro, me senti num espaço que tinha a ver comigo, sinto como se tivessem roubado o meu espaço e transformado em outra coisa. Vou me sentir um pouco deslocado, mais ou menos como me sinto no Facebook.



Fontes:
Forbes



PS: mais um motivo para dizer não aos 10 mil caracteres: O pensamento humano acontece em formato de frases curtas. O tweet, com 140 caracteres, é o mais próximo que qualquer plataforma escrita já chegou de mostrar o pensamento acontecendo em tempo real. Elaborar pensamentos pode ser feito em sites, no Facebook ou em outras plataformas. O Twitter não precisava dessa mudança.

sábado, 2 de janeiro de 2016

"Se algo não existe em forma de palavra, é quase como se não existisse at all."
Aline Valek

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Minha experiência com GTA V

Nota pré-texto: GTA faz parte da minha vida, quem me conhece sabe. Se você ainda não sabia, agora também sabe :)

Eu ganhei GTA V na pré-venda de presente de namoro. Foi um ótimo presente, mas que me deu alguma dor de cabeça por motivos que eu só vim falar agora porque na hora eu não queria ter essa dor de cabeça.
Também cabe dizer que foi a primeira vez que eu obtive um jogo na pré-venda e tenho que admitir que se soubesse da dor de cabeça que dá, eu teria preferido esperar mesmo.
E pior, eu estava ansioso pra ver o jogo nas minhas mãos. Pô, o jogo saiu em 2013 pra Play3 e XBOX 360, em 2014 saiu pra geração seguinte dos consoles, mas só foi sair em Março de 2015 pra PC. Ou seja, um novo velho jogo, que eu já tinha visto o gameplay, o multiplayer e só queria finalmente ver ele rodando no meu computador.
Havia uma preocupação se meu computador seria potente o suficiente pra rodar o jogo, mas uma pesquisa rápida me mostrou que meu hardware não só podia rodar o jogo, como estava além das configurações mínimas. "Ótimo! Vou jogar e a imagem não vai ser tão diferente."
Ganhei o jogo um mês antes do lançamento, seria o último mês de espera. Na véspera do lançamento, a Rockstar Games (desenvolvedora e anunciante) disponibilizou o download pra quem já tinha a chave do jogo, e lá fui eu baixar aqueles (fodendo) 65GB de jogo.
Mesmo pra um jogo de computador, ele é muito pesado...
Dois dias baixando o jogo, no dia do lançamento eu peguei câmera, liguei o Fraps e pensei "porra, vou gravar um gameplay curto com as primeiras impressões, vai ser massa"
Mandei abrir o jogo e... nada...
Tela preta por tempo indefinido.
"Algo deve ter dado errado" pensei.
Repeti o processo algumas vezes. Fiquei duas horas tentando.
E não consegui.
Fiz pesquisas na Internet, procurei forums, mas ninguém sabia, ninguém nem tinha falado nada sobre ainda, e a razão era óbvia: o jogo tinha acabado de sair.
Dois dias depois a Rockstar postou no forum uma solução pra um problema que tinha os mesmo sintomas que o que eu estava tendo, mas que a causa não batia. Falavam de computadores da américa latina que tivessem usuários com caracteres não-americanos (ç e letras acentuadas). Mas como eu disse, não era o meu caso...
A solução envolvia criar um usuário novo, que correspondesse ao funcional, copiar os dados do jogo para esse usuário e jogar a partir dele. "Pô, isso não é uma solução, é só uma maneira de disfarçar o problema..."
Deixei quieto e fiquei fazendo pressão como eu podia pra que a Rockstar de fato corrigisse o problema. Era vergonhoso ter esperado quase dois anos pra jogar um jogo que todos os meus amigos já tinham jogado duas, três vezes e que a Internet já havia debulhado todos os segredos. Isso inclusive virou uma piada recorrente nos forums de GTA.
Mais ou menos 20 dias depois do lançamento, a Rockstar lançou um patch de correção para o problema que eles tinham apontado (que ainda assim, não batia com a minha situação). Bom, baixei o patch e fui executá-lo. O patch simplesmente não reconheceu os meus arquivos do jogo. Então, quando eu abri o patch, apareceu a mensagem "Arquivos referentes a GTA V não encontrados, por favor instale o programa e tente novamente".
"Porra, é sacanagem..."
À essa altura eu já não estava dando a mínima. Tinha ligado o foda-se como uma maneira de não ficar bravo com a situação e esperar calmamente por uma solução de fato. Eu nunca fui de jogar jogos logo no lançamento, na verdade, costumo jogar uns dois anos depois. O foda é que nesse caso eu já havia esperado os dois anos.
Apaguei os dados, o patch de correção e fingi que não tinha acontecido nada. Cheguei a habilitar que a pessoa que me deu o jogo pedisse o reembolso para a Steam, porque eu simplesmente havia desistido. E na verdade, não pedi o reembolso porque acabei tendo coisas mais importantes na cabeça que me distraíram disso.
Cheguei a tentar de novo algumas vezes, mas o problema se repetia exatamente igual.
No começo de Dezembro eu aceitei o update pra Windows 10. Achei legal e tal, aí comentando com um amigo que também tinha feito o update, ele disse "Ow, rola de tentar o GTA V de novo, hein"
Pensei "Hum... tá..."
Dois dias baixando e deu certo.
Eu fiquei tão feliz que não consigo descrever a sensação de "caralho, finalmente vou fazer isso"
Sofri um pouco no começo pra configurar o jogo, fazer tudo rodar certinho, mas consegui.
Aí só havia uma coisa que faltava pra mim: Limpar o hardware do computador.
Meu computador tem três anos, nunca havia sido limpo, tinha poeira por todo lado que se olhasse e fervia de dar medo, chegava a queimar a ponta dos dedos.
Dos problemas que tive, esse era de longe o mais simples, então foi fácil e rápido resolver. Finalmente pude jogar o jogo como ele deve ser jogado.
O que aprendi jogando:
A Rockstar Games era uma empresa que eu gostava muito porque a média de seus jogos é excelente. São poucos os jogos irrelevantes da Rockstar.
Só que tive que lidar com um lado da Rockstar que até então eu não tinha tido contato, que é o respeito ao cliente, e sinceramente me senti decepcionado. Pô, um ano e meio, quase dois, pra fazer um port dum jogo pronto e otimizar pra PC, e ainda assim dar errado nesse nível é grave. E só 20 dias depois fornecer um patch de correção, eu me senti desconsiderado. E isso porque o meu problema nem foi solucionado. Pelo que me consta o problema que tive era outro.
Por outro lado, o jogo É excelente. Comandos que eu achei que não iam funcionar se mostraram eficientes, o jogo roda de maneira bem lisa, com poucos tropeços, considerando que eu o jogo num computador de três anos atrás.
E o melhor, que pra mim foi uma surpresa muito positiva: a comunidade online é muito bacana.
Jogar online pra mim sempre é uma experiência meio ruim, os jogadores brasileiros, principalmente de jogos triplo A, costumam ser muito babacas, infantis, mimados. E têm péssimo espírito esportivo. Aqui acontece o contrário, apesar dos "problemas" comuns de gente que joga com o microfone aberto e falando com todos no servidor (coisa que me incomoda porque me distrai do jogo), a relação dos jogadores é muito tranquila. Claro, tem uns chatos aqui e ali, tem uns hackers aqui e ali, mas no geral é muito tranquilo.
Por hora a minha experiência com o jogo está bem legal, eu to aproveitando bastante, e talvez role um post quando eu terminar o jogo, pra falar da experiência e tal :)

domingo, 13 de dezembro de 2015

Oi (92)

Enxurrada de Pitty hoje porque sim. Acho que essas três músicas deixam bem claro o meu humor nesse momento. Não que eu queira conversar sobre, eu só quero deixar claro. Acho que eu cansei de falar disso. Cansei de sentir isso. E cansei de me importar, então foda-se. Cada um é feliz como pode e consegue com a própria consciência. A minha tá limpa então é nóis.
Acho que eu não me importo mais, só não sei se isso é bom.

Pulsos - Pitty ♪


E um dia se atreveu
A olhar pro alto
Tinha um céu mas não era azul
No cansaço de tentar quis desistir
Se é coragem eu não sei

Tenta achar que não é assim tão mal
Exercita a paciência
Guarda os pulsos pro final
Saída de emergência

Tenta achar que não é assim tão mal
Exercita a paciência
Guarda os pulsos pro final
Saída de emergência

E um dia desistiu, quis terminar
Só mais um gole, duas linhas horizontais
Sem a menor pressa
Calculadamente
Depois do erro, a redenção

Tenta achar que não é assim tão mal
Exercita a paciência
Guarda os pulsos pro final
Saída de emergência

Tenta achar que não é assim tão mal
Exercita a paciência
Guarda os pulsos pro final
Saída de emergência

Tenta achar que não é assim tão mal
Exercita a paciência
Guarda os pulsos pro final
Saída de emergência

Tenta achar que não é assim tão mal
Exercita a paciência
Guarda os pulsos pro final
Saída de emergência

Saída de emergência

Saída de emergência

Saída de emergência

Déjà Vu - Pitty ♪


Nenhuma verdade me machuca 
Nenhum motivo me corrói 
Até se eu ficar 
Só na vontade, já não dói


Nenhuma doutrina me convence 
Nenhuma resposta me satisfaz 
Nem mesmo o tédio me surpreende mais

Mas eu sinto que eu tô viva 
A cada banho de chuva 
Que chega molhando o meu corpo nu

Nenhum sofrimento me comove 
Nenhum programa me distrai 
Eu ouvi promessas e isso não me atrai 

E não há razão que me governe 
Nenhuma lei pra me guiar 
Eu tô exatamente aonde eu queria estar

Mas eu sinto que eu tô viva 
A cada banho de chuva 
Que chega molhando o meu corpo 

A minha alma nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu 
Ou em que mundo se enfiou 

Mas já faz algum tempo 
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo 
Faz algum tempo 

A minha alma nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu 
Ou em que mundo se enfiou

Mas eu não tenho pressa 
Já não tenho pressa 
Eu não tenho pressa 
Não tenho pressa

Na Sua Estante - Pitty ♪


Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar,
Te vejo sonhando e isso dá medo,
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar, ao menos mande notícias
Você acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar

Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante

Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam
E essa abstinência uma hora vai passar

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Eu nasci em 1991, sou do começo da transição entre as gerações Y e Z. Eu vi a popularização da Internet e consequentemente o bum da Internet banda larga. Vivi (e vivo) o rápido desenvolvimento das tecnologias de comunicação. Sou parte de uma geração tida pelos especialistas (membros das gerações Baby Boom e X) como uma geração antenada, ligada, apressada e multi task.

Que mentira...

Crescemos ouvindo e acreditando nessa mentira. E hoje colhemos ansiedade pela pressa que temos de resolver tudo a todo momento e o mais rápido possível, e depressão por obviamente falhar na maioria das coisas que queremos e tentamos.

Não somos multi task. Tal coisa nem sequer existe.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Quando eu fico estressado eu me isolo do mundo, porque o meu isolamento me distrai e me liberta. A parte ruim de poder me isolar do mundo é que eventualmente eu passo mais tempo me isolando e fugindo do que efetivamente resolvendo essas coisas pendentes.

Eu sei que não devo me isolar, e sei que preciso enfrentar os problemas e afazeres até pra poder amadurecer. Mas o peso é tão grande, é tão denso de atravessar. É difícil reunir a coragem necessária pra me levantar e lutar.

Às vezes só o que eu queria era não ter que me preocupar com nada disso e poder viver fazendo as coisas que me interessam, que me completam e que me constroem.

Amadurecimento não significa completude, infelizmente.

Quando somos crianças, queremos crescer porque cremos que os adultos são completos, donos do saber. Aí crescemos e descobrimos que estamos mais distantes de ser completos porque temos que lidar com essas responsabilidades tão mundanas e que só trazem amadurecimento e não completude.

Eu quero ser uma pessoa completa, quero ser livre. Tão livre quanto se possa ser.

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Uns sete anos atrás, quando eu tava pra me formar no ensino médio, eu me negava a me considerar menos sabido que os adultos à minha volta. E me negava a pensar assim porque isso não fazia sentido.
Como uma pessoa, vivendo o mesmo mundo que todas as outras, pode saber menos?
Então pra mim, o que acontecia era exatamente o contrário. Eu sabia, mas os adultos se negavam a acreditar que eu sabia, porque estavam ocupados demais cuidando da própria vida e preocupações diárias pra perceber que quem estava em harmonia com a natureza e o mundo eramos nós, adolescentes (e crianças).
O trabalho prático/profissional afastava os adultos da harmonia e da sensibilidade necessárias pra ver o mundo como ele é de verdade. Os adultos se comportavam de maneira robotizada, completamente encaixados num teatro da vida sem de fato ver a vida.
Quanto mais racionais formos mais estaremos afastados do Universo na sua grandeza e potencialidade. Como naquele filme (não lembro o nome) em que um inventor possibilita a comunicação entre nós e os bebês, porque ele crê que os bebês tenham em si todas as respostas do Universo, mas perdem o acesso a esse conhecimento com a idade de dois anos.
Eu sei, parece loucura, ainda mais por eu estar referenciando esse pensamento num filme da Sessão da Tarde, mas será que é tão impossível assim? Afinal, o que dá aos adultos essa credibilidade tão grande para que eles se entendam como os profundos conhecedores de tudo?
Conforme eu envelheço, eu percebo que sei cada vez menos sobre a vida e me sinto cada vez mais cansado diante de tudo. A minha vontade de viver parece cada vez menor e eu sinto até um desprezo pela Humanidade por ser assim tão incompleta.
E eu não quero ficar sonhando milagres pra resolver esses sentimentos, pois milagres não virão.
Eu quero uma solução, pra ontem, que resolva todos esses problemas. Se você tiver alguma, pode falar...

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Cada vez que você pensar em me xingar ou achar que eu estou sendo machista, lembre que isso é um desabafo e não representa o meu modo de pensar a sociedade e a cultura.

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Eu talvez tenha algum problema com a minha sexualidade. Ou talvez eu só não saiba resolver uma carência que me incomoda muito. Mas não é bem isso que eu vim escrever.

Eu preciso assumir aqui uma verdade incômoda pro meu emocional (exclusivamente pro meu emocional).

Eu não sei lidar com a liberdade sexual feminina (e talvez sob esse aspecto puramente emocional eu nem goste). O que é ótimo, porque não sou eu quem tem que tirar proveito disso. Mas sucede que essa referida liberdade me ofende.

Ela me ofende assim: Eu, como escrevi aí em cima, sou uma pessoa muito ligada à sexualidade e portanto gostaria de ter tido uma vida cheia de sexos e experiências sórdidas, coisa que quem me conhece sabe muito bem que eu não tive.

E eu não tive essas experiências porque as mulheres por quem me interessei não quiseram dividir essa experiência sexual comigo. Vale notar que quando eu digo "sexual" eu me refiro a beijos também.

E aí, eu NÃO SOU o tipo de homem que as mulheres (generalizando) quereriam por uma noite e tchau.

Eu já chamei isso de friendzone, numa época muito passageira (infelizmente) em que friendzone era simplesmente uma maneira de por em palavras o conjunto de sentimentos envolvidos num "somos só amigos", sem partir pra ofensas sexistas de nenhum tipo. Foi uma época em que friendzone era um termo inocente e nada mais.

Aí eu comecei a namorar e passei uma série de experiências muito boas, e isso ficou apagado na minha mente. Com o tempo veio a noção de que o termo friendzone tinha ganho um monte de significados sexistas e então eu não usei mais o termo. Bom, eu também estava namorando, então aquele sentimento de desamor ficou pra trás e eu pude dizer que fiquei numa boa.

Com o tempo e a distância vêm vontades e desejos e um dia concordamos que seria interessante abrir o relacionamento, porque poderíamos aprender com isso. E talvez essa tenha sido a maior merda emocional que eu fiz na minha vida, embora não possa negar que aprendi muito com isso. Tive que aprender.

Sem fazer juízo de valores. Ela aproveitou muito melhor que eu. Ela é mulher, o machismo definiu que homens TEM QUE ficar com mulheres que querem ficar com eles, e principalmente se elas forem bonitas segundo a norma do Sistema e da moda.

Já a liberdade sexual feminina atesta o óbvio: Elas não precisam ficar com ninguém se não quiserem.

Por eu estar escrevendo esse texto você não precisa ser a pessoa mais esperta do mundo pra deduzir o que aconteceu, e resumindo bem foi mais ou menos assim: Ela ficou com uma boa quantidade de pessoas enquanto eu fiquei com umas três ou quatro. E isso é ótimo (meu lado racional falando). Significa que ela pode experimentar a própria sexualidade e pode crescer um pouco mais a partir dessas experiências.

Mas voltando ao meu emocional, também significa que eu tive inveja, que eu tive ciúmes, que eu em determinado momento tive depressão e perdi um pouco do meu amor próprio, em suma, significa que eu sofri. Antes, solteiro, eu sofria porque queria viver algo com alguém, queria estar com alguém, mas não tinha com quem. E aí eu passei a sofrer porque tinha alguém comigo que eu não sabia ou não tinha certeza se de fato estava comigo. E eu tive medo de ficar sozinho de novo.

Peço perdão às minhas amigas que eventualmente lerem esse post. As mulheres têm tantos problemas com a sua sexualidade que eu sei que não vão me entender, ou se me entenderem, não terão dimensão do que é isso. As mulheres sofrem porque são objetificadas constantemente e eu queria tão forte ser objetificado em uma ou duas doses. Só pra saber como é e de repente me sentir desejado.

Não o desejado pra dormir juntinho e confiar. O desejado pra pegar, usar e jogar fora.

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Desculpa, Mundo. Eu precisava postar isso, precisava falar isso de algum modo.
E eu acho que nem falei direito. Esse é um assunto tão complexo, eu mal consigo elaborar ele na minha mente.
Só espero aliviar um pouco o peso na minha alma.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Where Are Ü Now - Skrillex & Diplo ft. Justin Bieber


I need you, I need you, I need you, I need you
I need you, I need you, I need you, I need you
I need you the most

I gave you the key
When the door wasn't open
Just admit it
See I gave you faith
Turned your doubt into hoping

Can't deny it
Now I'm all alone and my joys turned to moping
Tell me

Where are you now that I need you?Where are you now?
(Where are you now?)
Where are you now that I need ya?
Couldn't find you anywhere
When you broke down I didn't leave ya

(Leave ya)
I was by your side

(I was by your side)
So where are you now that I need ya?

(So where are you now that I need ya?)
(... need ya)
Where are you now that I need ya?

Where are you now that I need ya?
Where are you now that I need ya?
Where are you now that I need ya?

I gave you attention
When nobody else was payin'
I gave you the shirt off my back
What you sayin'?
To keep you warm
I showed you the game everybody else was playin'
That's for sure

(That's for sure)
And I was on my knees
When nobody else was prayin', oh lord

Where are you now that I need ya?
Where are you now that I need ya?
I need you, I need you, I need you, I need you
Where are you now that I need ya?
I need you, I need you, I need you, I need you


I need you the most

Where are you now that I need ya?
Where are you now that I need ya?
Where are you now that I need ya?

I need you the most
I need you the most
I need you the most