domingo, 20 de novembro de 2022

"me parece necessário dizer que eles são pq as pessoas que não são não costumam notar quem é"

eu sempre flertei com a noite

singular

fascinante

hj eu ressuscitei
dias de mais e menos disposição
consciente dos próprios ritmos

"quero voltar a ser eu"
"lembrar de tudo que me afastei"
"engolida por mim mesma"
"hoje aqui é o meu lugar"
"elegância se adquire com o tempo"
"vc tem respirado?"

pq eu acredito nessas palavras vazias

os mortos não mentem

condenade a escrever o que sente
pra não enlouquecer
pra não se perder
no oceano

vazio

azul profundo
negrume aveludado

o espelho

.

um cachorro em disparada
pelo canto da pista
e vários carros

vítima traída
por seus cativos
humanos inconsequentes

minha maldição capitalista é viver entre remendos
de coisas que me vi obrigad a comprar
pra aguentar viver uma rotina que odeio e me foi imposta
sempre contando moedas
tentando decidir o que é real
o que vai importar no final
sem perceber que tudo a todo tempo
é/sou

da desvontade de dizer/compartilhar
abandono social
tristeza desoladora

everything fucked up
ought be better

prevalência do cansaço
da desesperança
o possível p/ sobreviver (nada mais)
o que acreditamos e professamos
condição existencial humana
ardor revolucionário

fagulha

desespero como força criadora
paixão mobilizadora
um sentido pra mim hoje

deixar pra trás o que não compõe mais

descompressão

da orientação do propósito

sentido

sobre si

e o self

paranoias

megalomanias

- mas se eu pudesse sentir, o que mudaria?
- talvez nada :(

boa resposta mas não a que queria
que explicasse essa vontade
louca de me explicar
de me expressar
de fazer sentido

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