terça-feira, 29 de novembro de 2022

25/11/2022

teve grupo de manhã, mas não fui
um misto de atraso e impaciência sobre tudo

clima de encerramento/despedida

"vou ter que me virar como sempre"

muita droga pra frear os impulsos
pra soltar nossas conversas
desinibir medos e receios
desembaraçar-nos

sobre ódio
paixão que dói

sobre a bagunça interna
como nem consegui falar com Fran sobre a gente escrever juntes

*suspiro*
a desordenação do tempo
+ a desorganização interna

"essa coragem me empurrou
mas não me fez perder o medo
(...)
trocou o meu medo da morte
por esse medo do futuro"

tanta coisa que aprendi nos últimos 2 anos

mudança radical de pensamento
que finca raízes na escuridão e guia para fora
permite ver as interconexões
apreciar a complexidade
do mundo exterior, a vida ao nosso redor
e o oceano interno, suas marés, tempestades e calmarias

- apreende tuas correntezas
- guia tuas reações

"eu vou acontecer"

*sorriso*

tivemos que aceitar o diálogo interno

- significa que a gente fala em voz alta (a lot)

tivemos que nos ver loucas pra fazer sentido
e mesmo com medo
lá adiante perceber que talvez não faça muito sentido mesmo...

rearranjo/ressignificação

dialogar de peito aberto
deixar-se atravessar pelo que é dito
cuidar a intenção com que diz
distinguir o que não deve ser dito
não-saber

.

pq choras?
o que incomoda hoje?
o que convida e o que exige?

pq é difícil?

雨がふる
talvez...

nos acolhendo, aprendemos a acolher outrem

aprendemos a ser diferentes
do que imaginam que seremos e
como aprendemos que seríamos

nos transformamos

morremos por um momento
e renascemos na sequência
continuamente
rotineiramente
em ciclos de vida e morte
noite e dia

.

eu queria estar de melhor humor
pra repetir o que aprendi
sem me sentir egocêntrica de falar do que sinto
do que aprendi a sentir
e uma série de complexidades tão profundas que não há valor [objetivo] em falar sobre

ser acolhida neste espaço reforça meu sentimento de ser um alienígena
não mais que uma sombra, um fantasma
um macaco de smartphone
entre outros iguais insignificantes e
ao mesmo tempo
seres tão magníficos
excepcionais
interessantíssimos em suas peculiaridades
ricos de experiências e vivências
capazes de tanto carinho e honestidade

talvez eu não mereça estar aqui, e devesse mesmo morrer
mas eu quero ser assim
encontrar alguma paz
sendo um boneco de carne e ossos que por acaso se mexe conscientemente
acolhendo o mundo ao meu redor
as pessoas que me relaciono
a vida que coabita os mesmos espaços
em nossas diferenças e particularidades
pra construirmos juntes
melhores tempos presentes

que a vulnerabilidade não se torne vergonha, medo
mas seja oportunidade de vislumbrar uma saída
com classe e elegância

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