segunda-feira, 5 de abril de 2021

minha pauta do Apontando o Dedo 12

Escritório de Jair Renan ganhou móveis de empresa que mantém contrato com o governo

https://crusoe.com.br/diario/escritorio-de-jair-renan-ganhou-moveis-de-empresa-que-mantem-contrato-com-o-governo/

de Luíz Vassallo para Crusoé


Jair Renan Bolsonaro, o 04, recebeu mobília para montar o escritório de sua empresa de eventos, localizada em camarote do estádio Mané Garrincha no DF, de empresa fornecedora de móveis que tem contrato com o Governo Federal.

A empresa Flexi Base, do ramo de mobiliário corporativo, recebeu 678 mil reais do Governo para fornecer móveis de escritório, segundo o Portal da Transparência.

Em postagem no Instagram, a empresa de Jair Renan agradece aos parceiros pela realização do sonho. Quando questionados, representantes da empresa do 04 alegaram responsabilidade da Arena BSB, concessionária que administra o estádio, na doação gratuita dos móveis para o escritório, mas não explicam que a empresa de eventos mantenha a Flexi Base numa grande lista de parceiros.

O dono da Flexi Base, Ricardo Alves de Jesus, não quis se manifestar e pediu que qualquer pergunta fosse feita para a empresa, por email. Apesar de questionada nos moldes pedidos pelo empresário, a Flexi Base não se pronunciou.

Com esta suspeita, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia soma três casos de favorecimento de contratos com empresas ligadas ao governo ou beneficiárias de programas sociais. São a Astronautas Filmes, a Gramazini (de mineração e marmoraria) e, agora, a Flexi Base.



Movimento de extrema-direita realiza ato pela ‘ucranização’ do Brasil no centro de SP

https://ponte.org/movimento-de-extrema-direita-realiza-ato-pela-ucranizacao-do-brasil-no-centro-de-sp/

de Beatriz Drague Ramos para Ponte


Na última sexta, um grupo de aproximadamente 40 pessoas realizou um movimento no Vale do Anhangabaú em São Paulo Capital contra as medidas de segurança determinadas por João Dória para evitar o avanço desenfreado da covid no Estado.

O movimento de extrema-direita (ou neo-fascista) Ucraniza Brasil (e que é o grupo organizador da manifestação) também pede a renúncia do governador, a criminalização do comunismo e uma nova constituição que traga o fim do foro privilegiado.

Os manifestantes também carregavam faixa em homenagem ao policial baiano morto pelas Operações Especiais da PM-BA, Wesley Soares, que estava em surto e armado no Farol da Barra (domingo 28 de março). Wesley teve seu nome apropriado por Bia Kicis numa incitação de motim das Polícias Militares contra as medidas restritivas adotadas pelos governos estaduais na prevenção da Covid, o que "colocaria a polícia na função contrária de seu dever, que seria proteger a população". Bia Kicis é a atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e é uma das figuras do governo menos democráticas e mais contrárias a qualquer noção de direitos humanos.

A concentração do ato de sexta começou por volta de meio dia e não contava com nenhum acompanhamento da PM-SP, apesar dos números alarmantes de mortos e infectados pelo coronavírus. Apenas quando um pequeno grupo de manifestantes antifascistas se aproximou do local, a PM apareceu com duas viaturas e duas motocicletas para a checagem de documentos e dispersão do grupo antifascista, sob ordem do Capitão Esteves.

Quando o ato da Ucraniza Brasil chegou ao vão do MASP com a intenção de acampar(????), a PM os escoltou até a estação São Bento do Metrô.

No Facebook, existem ao menos três grupos com nome Ucraniza Brasil, com média de 50 pessoas cada e figuras carimbadas do bolsonarismo já mencionaram intenções de ucranizar o Brasil (Daniel Silveira, preso recentemente pela divulgação de um vídeo em que sugere o fechamento do STF e agressão a ministros da casa, e Sara Giromini "Winter", cujo pseudônimo faz referência a uma nazista britânica e liderou o movimento 300 pelo Brasil na intenção de também fechar o STF).

Sobre a Ucrânia, Beatriz escreve:

A referência à Ucrânia se dá devido aos protestos nacionalista ocorridos em 2014, conhecidos como Euromaidan, que culminaram com a queda do então presidente Viktor Yanukovytch.

Na época, milhares de manifestantes tomaram as ruas de Kiev e outras cidades exigindo sua renúncia, uma vez que Yanukovytch sofria influência do presidente russo, Vladimir Putin e se opôs à entrada da Ucrânia na União Europeia. Na ocasião, grupos de extrema-direita com orientação nazifascista enfrentaram tropas do governo ucraniano. Mais tarde, durante a anexação da Crimeia pela Rússia, milícias nazistas como o Batalhão Azov foram incorporadas ao exército ucraniano pelo novo governo. O Pravyi Sektor, um dos grupos nazistas que participou do Euromaidan, hoje influencia grupos da extrema direita brasileira. 

Além do Pravyi Sektor, movimentos brasileiros também ecoam o Exército Insurreto Ucraniano (UPA em ucraniano), braço armado da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN, da sigla em inglês). A Ponte explicou em uma reportagem que “as duas bandeiras [usadas durante protesto em 2020 na Avenida Paulista, em SP] são similares pois se utilizam de simbologia tradicionalmente nacionalista. O UPA teve papel importante no massacre de judeus durante a ocupação nazista na Ucrânia”.



Arma e porrete: Roberto Jefferson prega reação contra interrupção de cultos

https://congressoemfoco.uol.com.br/governo/arma-e-porrete-roberto-jefferson-prega-reacao-contra-interrupcao-de-cultos/

de João Frey para Congresso em Foco


O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), condenado por corrupção no Mensalão, divulgou vídeo em que incita a violência contra agentes do estado que por ventura responderiam ocorrências  pelo fechamento de igrejas segundo as medidas adotadas pelos governadores e prefeitos no combate ao novo coronavírus.

No vídeo, Roberto Jefferson incita que cristãos devem estar preparados para o enfrentamento e fazer uso de balaclavas e qualquer tipo de objeto contundente para uma resposta violenta contra as forças de segurança, incluindo uma explicação de "como" agredir os agentes que, ele presume, estariam armados de pistola, spray de pimenta e possuídos por satanás.

O fechamento de templos religiosos tem sido um dos principais entraves nas discussões sobre aglomeração e combate ao coronavírus. A bancada evangélica no congresso e a força de líderes religiosos sobre a opinião popular encontra eco no presidente e estimula que se faça corpo mole no cumprimento das normas estabelecidas.

Apesar disso, os mesmos líderes religiosos que se mostram contrários às medidas sanitárias tomaram vacina contra a covid-19.



As revelações de Eduardo Cunha sobre os bastidores do impeachment de Dilma 

https://veja.abril.com.br/politica/as-revelacoes-de-eduardo-cunha-sobre-os-bastidores-do-impeachment-de-dilma/

de Gabriel Mascarenhas para Veja


Cunha vai lançar livro contando suas memórias da época do impeachment de Dilma Rousseff, o longínquo ano de 2016.

A matéria é uma propaganda do livro e ressalta alguns pontos que serão abordados na obra. Grosseiramente, dá para traçar a narrativa como:

Cunha estava com o nome em vista pela Lava-Jato, uma operação que foi fortemente favorecida por decisões do governo Dilma (orçamentos da PF, aparelhamento e afins), e não tinha boa relação com a presidenta ou com o PT, o que inevitavelmente o levaria a depor e possivelmente ser condenado.

Outros nomes estavam em vista da mesma operação e se articularam para tentar freá-la ("estancar a sangria"). Temer teria sido o mais incisivo nessas articulações principalmente por ser o maior beneficiado, afinal era vice de Dilma. Cunha diria no livro que Temer inclusive articulava cargos antes de o impeachment ser votado.

Aécio Neves, derrotado por Dilma nas eleições de 2014, também faria coro ao impeachment quando ficou óbvio que a cassação da chapa Dilma-Temer não seria possível, mas não teria o impeachment como sua primeira opção. Acreditava na cassação da chapa, pois isto chamaria novas eleições, que ele acreditava que ganharia.

Apesar de ser a cabeça do impeachment de Dilma, Cunha revela que seus encontros eram cordiais e até que a ex-presidenta tinha contato pessoal com a mulher de Cunha, com quem trocara presentes. Também sobre Dilma, Cunha revela suspeitas de que o ex-comandante do exército, o general Eduardo Villas Bôas, teria informações muito completas sobre a rotina de Dilma, encontros no Palácio do Planalto e ligações, o que indicaria a existência de um informante interno (ou espião, se preferir) e que o Exército disporia destas informações.



Mais de 533 milhões de contas no Facebook tiveram dados vazados

https://www.istoedinheiro.com.br/mais-de-533-milhoes-de-contas-no-facebook-tiveram-dados-vazados/

da Istoé


Os dados pessoais de mais de meio milhão de usuários do Facebook em 106 países (Brasil entre eles) foram vazados em um forum de hackers.

É isso, é o que se sabe kkkkrying

https://www.bleepingcomputer.com/news/security/533-million-facebook-users-phone-numbers-leaked-on-hacker-forum/

Uma fonte mais completa:

Esse vazamento foi feito provavelmente em 2019, usando uma vulnerabilidade que já foi consertada e em 2020 foi anunciada a venda destes dados. Normalmente, dados roubados ficam um tempo a venda e o preço pedido cai conforme o tempo passa até que seja conveniente fazer a divulgação dos dados de forma gratuita (ou quase, como nesse caso em que os dados eram vendidos a pouco mais de dois dólares) pra que a pessoa que vazou os dados ganhe reputação na comunidade.

Entre os dados vazados estão inclusive as informações pessoais dos fundadores do Facebook.



Artwork damaged by couple who thought brushes and paint in front of piece were for visitors’ use

https://www.independent.co.uk/asia/east-asia/graffiti-art-accidental-damage-seoul-b1826626.html

de Ella Glover para The Independent


JonOne, que é grafiteiro, natural dos EUA, fez uma exibição na rua, onde pintou um mural diante do público em Seul.

A peça avaliada em 360 mil libras foi encontrada na rua por um casal que interpretou as latas de tinta e pincéis na frente da obra como um convite para a colaboração no trabalho.

Kang Wook, cordenador da exposição Seoul's Lotte World Mall, disse que o casal cometeu um erro e estão em contato com o artista para saber como proceder (cogitam a possibilidade de restaurar a obra). Nenhuma medida legal foi cogitada.

Depois do ocorrido, uma faixa foi colocada a frente da obra e placas de sinalização avisam de que não se deve tocá-la.

Consultado, o artista não pretende se pronunciar acerca deste assunto.

JonOne, grafiteiro, deve estar muito ciente de que obras colocadas na rua estão sujeitas a intervenções não planejadas. E também deve estar computando em quanto a interferência do casal pode elevar as cifras já bem altas de seu trabalho.

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