quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Eu nunca esbocei vontade de ter um filho. Até já pensei em fazer vasectomia, mas sempre fui consciente de que sou novo e poderia me arrepender.
Engraçado...
Tenho me pegado pensando como eu educaria uma nova pessoa. Intimamente até me divirto me imaginando com um bebê, ensinando e brincando.
Talvez a coisa que mais me desmotive a ter um filho seja a possibilidade de essa criança ser corrompida pelo mundo. Eu temo pelo futuro da humanidade no sentido de que as pessoas podem estar cada vez mais isoladas em suas relações plásticas.
Eu não posso afirmar com certeza que as pessoas, digo crianças, estão preferindo se relacionar virtualmente, mas posso testemunhar uma ligeira queda na quantidade de crianças na rua e um aumento vertiginoso de aparelhos eletrônicos caros na mão de crianças que se aproximam muito mais do virtual, cheio de luzes e cores, e se afastam do real, tosco e imaginativo.
Meu filho não vai ter um celular enquanto isso não se provar necessário, e quando acontecer terá um celular funcional apenas. Na cabeça dele, o quanto isso me torna uma pessoa horrível?
Quero aproveitar da criação que tive tudo que foi bom e melhorar o que foi ruim, mas tenho medo de não conseguir isso e o único ser que poderá fazer uma boa análise crítica disso será meu filho já no final da adolescência.

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