terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sem Glória

Eu vou contar uma breve história,
Mas não pense que ela é cheia de glória.
Eu conheci um jovem garoto,
Sempre carregava um risinho maroto.
Ele era bastante esperto
E quase sempre certo.
Um dia como sempre acontece
Ele teve atendida uma "prece"
Conheceu uma garota linda e esperta,
Pra ele, a paixão era certa.
O tempo passou e a paixão fortaleceu,
Dentro dele, logo o amor cresceu
E estar com ela se tornou necessidade.
Tão breve, nessa pouca idade.
Mas algo não saiu como planejava,
Abraçada com outro garoto ela estava.
Ele foi ao seu encontro,
Ignorando a presença do outro,
Separou os dois, chamou-o retardado
E ganhou na cara um murro bem dado.
Ela tentou explicar o ocorrido
E disse que era um mal-entendido,
Ele muito bravo foi pra casa
Quebrou o que seu caminho cruzava
Destruiu o que via pelo quarto,
Menos um aparelho de som antiquado,
Onde ouviu BrockeNCYDE.
E então sentiu a necessidade.
Ia fazer um absurdo.
Não se fez de surdo.
Achava que era a única saída,
Ia acabar com a dor de sua vida.
Foi atrás do que precisava
Para acabar com aquilo, uma arma.
Era tudo muito simplificado,
Não via porque achavam complicado.
Finalmente conseguira,
Ali, tudo acabaria.
A arma na mão, esperando,
A garota na esquina, andando,
O garoto quase correndo
Com um .380 na mão pendendo
Vendo o final de sua história,
Como eu já disse, sem glória.
Ela o viu chegando
Ele parou como se esperando
Com ódio no olhar, disse:
"Quero que você morra!"
E antes que ela visse,
Deu cinco tiros em sua barriga.
Um olhar assustado ela tinha.
No chão caiu de costas,
seu sangue formava poças.
O garoto abaixou ao seu lado,
Nem parecia preocupado.
Ela olhava o céu assustada
Sentindo sua vida ser levada,
Alguns correram para a paz
Outros, para ver, ficaram
E ainda outros se revoltaram,
Juntaram-se sobre o rapaz
E ali mesmo o surraram.
A garota não via o céu.
Era tudo tão branco,
Branco como papel.
Ouvir não era capaz,
Como se abafassem do rapaz
Os seu gemidos de dor.
Ela abria-se para um estorpor.
Perdera muito sangue,
Vermelho que, o chão, tange.
Do cansaço que sentia,
Fechou os olhos
E não mais os abriria...

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