segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Relato real de clarividência

Aqui eu vou contar uma história real, aconteceu comigo. Quero registrá-la antes que o tempo a esqueça. Muitos vão duvidar, não os culpo. Depois de um ano eu poderia muito bem forjar esta história.
Tenho duas testemunhas, mas isso não é muito hoje. Bom, não vamos disperdiçar mais folhas que o necessário com comentários inúteis. Vamos ao assunto e evitemos comentários.
No dia 23 de Junho de 2007 eu fui acordado pelo despertador às 06:30 (lembrando que era um Sábado, eu tinha exame de faixa de uma amiga, aikido, de manhã, não lembro se 09:00 ou 10:00, provavelmente a primeira). Posso dormir mais um pouco, pensei e ajustei o despertador para uma hora depois.
Nessa uma hora de sono profundo, sonhei que estava andando na Avenida Santo Antônio, em Marília, interior de São Paulo, onde moro/morava. Estava ouvindo meu bom e velho mp3, quando um grupo de uns quatro garotos me parou. Um me mandou entregar o mp3 e outro me mandou seguí-los.
Até escrever este texto, nunca fui assaltado de verdade, mas fiz como minha mãe sempre disse: obedeci e não olhei-os.
Fui levado à uma "casa" onde minha permanência era restrita ao hall, enquanto o grupo conversava numa sala ao lado.
Passado o que me pareceu uma meia-hora, eu perguntei do hall se poderia pegar meu mp3 na mochila de um deles e ir embora. O dono da mochila me permitiu pegar o mp3, mas não o fone. Surpreso com a resposta, abri a mochila do indivíduo e lá encontrei algumas dezenas de fones de ouvido embolados e enroscados. Peguei o mp3 e o despertador tocou.
Acordei de má vontade e ajustei mais quinze minutos. Agora vem a parte bizarra.
Dormi e quase imediatamente me vi em um cômodo absurdamente amplo e vazio exceto por um lago. Eu estava em um encontro de duas paredes muito brancas à um metro e meio da margem do lago. Improvável, mas talvez houvesse uma cômoda encostada em uma das paredes. Uma imagem passou em flash diante de mim. Um quarto de segunda, talvez menos. Mas o suficiente pra ver uma garota sentada no chão, encostada numa parede, braços cruzados por cima das pernas flexionadas junto ao corpo, cabeça baixa, triste, talvez chorando.
Instantaneamente e mesmo hoje, essa garota era minha amiga do exame de faixa, ou assim acredito. Nunca pude confirmar infelizmente.
Depois dessa imagem uma caneta surgiu na minha mão. Sim, ela simplesmente surgiu. Perdido naquela imensidão que eu sabia ser um sonho, eu joguei a caneta no lago. E para minha surpresa, ela quicou na água, e o que é pior, em câmera lenta.
Então o despertador tocou e eu tive de levantar. Acordei animado, rindo do sonho bizarro que tinha tido.
Fui para o exame de faixa com mais dois amigos e não perdi tempo para contar aos dois o meu sonho.
Ambos, assim como eu, choravam de rir. Acelerando: fomos ao exame de no0ssa amiga, mas não ficamos até o fim, porque íamos à Festa das Cerejeiras (evento típico japonês realizado em Garça, cidade vizinha).
Na Festa das Cerejeiras encontramos uma amiga nossa à quem chamávamos Kah.
Na farra e diversão que se seguiram, já por volta das 19:00 nós quebramos sem querer a câmera da Kah. Ninguém faz o que ela faria em seguida por uma câmera, por isso acho que a câmera tenha sido o estopim de algo maior.
A Kah sempre foi uma garota alegre e extrovertida, mas no momento que viu a câmera quebrada, toda a alegria desapareceu de seu rosto e gestos. Ela ficou uns quinze ou vinte minutos ajoelhada no chão com a câmera na mão e em silêncio. Então ela pôs a câmera na bolsa, levantou e foi até uma barraca de bebidas, comprou uma lata de refrigerante e bebeu em silêncio.
Ali, na hora, estávamos eu, ela e mais quatro amigos.
Quando o refrigerante acabou ela perguntou à um dos meus amigos pra que lado era o lago (me refiro ao Lago Artificial, cujo nome não me lembro, palco dos principais eventos da cidade). Ele indicou o caminho e ela foi, seguida por nós.
Talvez pressentindo o que iria acontecer eu pedi aos outros que ficassem um pouco atrás enquanto eu a seguia de perto. achei que se muita gente ficasse em volta poderia ser pior. Numa parte deserta e escura ela sentou num morrinho de terra à menos de um metro da margem. Sentei à direita dela e agradeci que meus amigos continuassem mantendo distância, talvez imaginando o que eu faria.
Acho que uns vinte minutos passaram. Ela chorava baixo ao meu lado, duas vezes meus amigos me ligaram pra tentar quebra o gelo. Lamento dizer que não deu certo. Tentei abraçá-la, mas ela resistiu.
Pouco depois, ela levantou, deu um passinho em direção à margem. Levantei também, estava pronto pra segurá-la a qualquer momento.
Abrindo um parênteses: Esqueci de dizer que também naqueles vinte minutos, ela jogou o prendedor de cabelo na água.
Enfim, pouco depois de levantar ela andou em direção ao lago. Ela tinha água até o meio da canela, quando, não sei ao certo como, agarrei-a pelo braço e puxei-a de volta. Consegui enfim abraçá-la. Ela chorava nos meus braços e eu no ombro dela. tentei consolá-la.
Não tinha dado dois minutos ainda, quando ela se desvencilhou do meu abraço e ficou de pé na margem de novo. Esperei um pouco e, vendo que ela não fazia nenhum movimento, busquei a presilha dela e coloquei ao lado da bolsa dela.
Pouco tempo depois ela me mandou voltar. Respondi que voltaria se ela fosse comigo. Ela deu mais um passo e entrou na água. mandou que eu voltasse de novo. Na tentativa de negociação me distrai e ela adentrou o lago. Entrei em pânico e não consegui reagir.
Meus amigos desceram e foram buscá-la dentro do lago e a trouxeram à força e levaram-na pra longe do lago, debaixo de uma cerejeira. Ela ficou ali ajoelhada, chorando.
Um tempos depois, ela pediu um lenço e um dos meus amigos entregou um à ela. Ficamos de pé em volta dela, prontos pra segurá-la se fosse necessário.
Bom, então o humor dela melhorou. Procuramos o irmão dela, com quem ela iria embora para Marília.
Depois que ela foi embora, nós fomos de ônibus também pra Marília.

É isso...
Hoje com ajuda de amigos, desvende algumas coisas do sonho, mas sinceramente acho que ninguém tem muita certeza do que aconteceu.

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Eu escrevi o texto em 2008, portanto ele tem vários pequenos defeitos que eu não cometeria hoje =P
Eu penso em "explicar" o que conclui do sonho, mas dá muita preguiça =\
que seja, aí vou eu...
de forma breve:
Lago = lago (DER)
Menina triste = minha amiga que ficou visivelmente triste por não termos ficado até o final do exame de faixa
CAneta = Kah
caneta quicando = passos
sei lá
tá bem resumido
eu contaria essa história melhor ao vivo =x
espero que tenham entendido (Y)

5 comentários:

lídia disse...

Lembro desse texto!ou desse acontecimento.Agora não lebrou se lí ou você me contou.
Whaterver,acho que você só exagerou nos paralelos CAneta e o lance dos passos.

nadamuitoriginal disse...

concordo com a Lídia!

Ow! posta ele no vpmt!

Ariadne disse...

acho que qualquer sonho bizarro pode ser interpretado de forma a nos fazer acreditar que foi uma 'experiência paranormal' quando é só nosso inconsciente dando tilt.

pode me chamar de cética, mas eu não achei nenhuma dessas ligações q vc fez plausíveis, para mim, clarividência é quando você sonha e o sonho acontece e não quando você sonha algo tão passível de interpretações como isso.

Cauê Chu'bS disse...

por isso chama clarividência PARCIAL

mas vc nunca vai ler essa resposta mesmo (Y)

Ariadne disse...

na verdade eu li sim ^^
e eu também não acredito em clarividência parcial, acho muito fácil se impressionar com pouca coisa chu...

de qualquer forma, não estou fazendo pouco caso da sua história, cada um acredita em uma coisa diferente, enquanto você é todo 'místico' eu sou extremamente cética e não vou mudar minha opinião por um sonho que pode ser interpretado de 'n' maneiras.