sábado, 30 de agosto de 2014

"A que ponto chega o ser humano"

Hoje em dado momento recebi dois vídeos na minha timeline do Facebook. O primeiro era um abate de um grupo de camelos (para culinária, imagino). O segundo era uma exposição gratuita da intimidade de um casal, uma moça de uns quarenta anos, gorda, fazendo uma dança sensual para o cinegrafista que deve ser seu parceiro.
A afirmação em aspas no título deste post faz referência à descrição do segundo vídeo. Engraçado, levando em conta que o que me faz pensar sobre a frieza do ser humano e até a sua crueldade é o conteúdo do primeiro.
Sou forçado a pensar que há maneiras menos frias e sofridas de abater um animal (não é isso que está em questão, mas só para conhecimento de causa o abate destes camelos no vídeo é feito por degola. Os animais tem os seus pescoços degolados e sangram até morrer enquanto se debatem). Ao mesmo tempo, penso na crueldade do ser humano, em um nível bem menor, por expor a intimidade de alguém como uma coisa ridícula.
Ué, somos doutores, senhores e senhoras de respeito, mas entre os nossos íntimos sejamos tão putescos quanto nos for conveniente. Isso não é motivo de risada alheia ou vergonha.
Devíamos é ter vergonha de desconhecermos como se faz o abate dos animais que comemos ou que geram os produtos que consumimos. Não vou ser vegetariano por causa do sistema, mas não vou ser negligente e fingir que isso não me atinge.
No mínimo, devemos conhecer o processo de produção do que consumimos, e pensar maneiras mais interessantes de produzí-lo, é a exigência que devemos fazer com os produtores.
E sobre as coisas ridículas a que se expõe uma senhora, provavelmente mãe?
Deixa ela ser feliz. Sexo é gostoso, se ela quer dançar sensualmente, deixa ela. Fazendo isso ela provavelmente é mais realizada que as pessoas que estão apontando e a chamando de ridícula.

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