eu sempre flertei com a noite
singular
fascinante
hj eu ressuscitei
dias de mais e menos disposição
consciente dos próprios ritmos
"quero voltar a ser eu"
"lembrar de tudo que me afastei"
"engolida por mim mesma"
"hoje aqui é o meu lugar"
"elegância se adquire com o tempo"
"vc tem respirado?"
pq eu acredito nessas palavras vazias
os mortos não mentem
condenade a escrever o que sente
pra não enlouquecer
pra não se perder
no oceano
vazio
azul profundo
negrume aveludado
o espelho
.
um cachorro em disparada
pelo canto da pista
e vários carros
vítima traída
por seus cativos
humanos inconsequentes
minha maldição capitalista é viver entre remendos
de coisas que me vi obrigad a comprar
pra aguentar viver uma rotina que odeio e me foi imposta
sempre contando moedas
tentando decidir o que é real
o que vai importar no final
sem perceber que tudo a todo tempo
é/sou
da desvontade de dizer/compartilhar
abandono social
tristeza desoladora
everything fucked up
ought be better
prevalência do cansaço
da desesperança
o possível p/ sobreviver (nada mais)
o que acreditamos e professamos
condição existencial humana
ardor revolucionário
fagulha
desespero como força criadora
paixão mobilizadora
um sentido pra mim hoje
deixar pra trás o que não compõe mais
descompressão
da orientação do propósito
sentido
sobre si
e o self
paranoias
megalomanias
- mas se eu pudesse sentir, o que mudaria?
- talvez nada :(
boa resposta mas não a que queria
que explicasse essa vontade
louca de me explicar
de me expressar
de fazer sentido
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