O engraçado, que não é de fato engraçado, é que eu ia gravar um vídeo pra explicar isso. Mas como é de costume a bateria da minha câmera estava zerada e eu não quis gravar na outra câmera por ela não ser full hd e tals. Um pouco frescura talvez, mas eu preferi assim.
Tá tarde pra caramba então eu vou tentar dar uma resumida, embora tenha medo de prejudicar a minha clareza pra ser breve. Mas agora eu já to desviando do assunto. Coisa que faço bastante.
Bom, tem várias coisas que me fascinam no ato de registrar uma fala, um pensamento, ou como é mais próximo do que eu faço bloggar (ou vloggar). Eu tenho essa pira bizarra por registrar o que eu penso e o que acontece porque eu morro de medo de um dia simplesmente não conseguir lembrar de nada. E aí se vê que eu falho miseravelmente nessa questão, porque eu também não registro de nenhuma maneira o que acontece comigo.
Mais ou menos assim: sabe Beleza Americana? Então, aquele jovem do filme grava as coisas que ele julga aspectos particulares da existência. Pra mim esses aspectos estão nos nossos pensamentos e nas nossas percepções. Então o melhor jeito de evoluir enquanto ser vivo é sendo capaz de recordar esses aspectos particulares, para refletir posteriormente, debater consigo mesmo, elaborar filosofias, enfim. Só que, véi, eu não sou um computador (infelizmente nesse caso). eu não tenho essa capacidade absoluta de lembrar reflexões, pensamentos e tal.
Esse apontamento do parágrafo anterior é tão importante na minha vida que ele originou um trabalho que estou desenvolvendo pra faculdade. Esse trabalho é como um registro do pensamento na sua forma mais crua, a fim de possibilitar o acesso para reflexão posterior, uma loucura. Um dia eu posto algo sobre aqui.
Então, até agora eu consegui explicar mais ou menos o que me motivou a ter um blog, um vlog e um twitter. Porque cada um deles a seu modo pode registrar uma forma de perceber o mundo ao meu redor.
Indo em frente; mas se eu gosto tanto de fazer isso, por que eu desapareço?
Bom, curiosamente, a resposta tá no meu último vídeo. Ou parte dela. Eu comentei sobre preguiça, apontei algumas desmotivações minhas quanto a gravar o vídeo e depois editá-lo (inclusive, eu tenho um vídeo por editar há dois meses, é grave). Essas desmotivações aparecem em coisas simples, por exemplo hoje, eu procurei a câmera seco pra gravar um vídeo e ela não tinha bateria. Pô, desmotivei! É grave assim. Muitas vezes eu to no banho e me imagino gravando, me imagino falando, elaboro o assunto, escolho as palavras e tal. Eu sento diante do computador e tudo simplesmente some. E desaparece. E assim eu perco a oportunidade de gravar mais um vídeo.
Eu já pensei N vezes em gravar um vídeo explicando a minha opinião sobre Humor, sobre Vegetarianismo/Veganismo, sobre o Feminismo, sobre Política, Filosofia e Artes, sobre a Vida, e eu sempre desencano, desmotivo e deixo pra depois.
A real é que não é só preguiça. É a preguiça, é um sentimento de apatia, de deixa a vida passar, não quero lidar com isso agora. E eu sou muito assim. Eu dificilmente vou fazer algo se eu puder deixar pra depois.
O que me deixa menos preocupado com isso é que quando eu decido fazer, eu VOU fazer. Por alguma inabilidade muito presente na minha vida, eu vou escolher o meio mais difícil de fazer o que quer que seja, mas eu vou fazer.
E isso que acontece comigo. Com o blog, com o vlog, com o twitter até, embora menos. Eu só quero deixar pra depois.
Eu tenho percepção de que isso é ruim, mas eu ainda não soube lidar com isso de um jeito eficiente.
Por outro lado, às vezes eu quero tanto fazer tantas coisas que eu acabo não fazendo nada e morrendo de ansiedade e, ironicamente, tédio.
Eu estava numa dessas ondas de tédio desmotivado agora há pouco, quando quis gravar o vídeo.
Por fim tem uma outra dificuldade a parte, que é a minha dificuldade de manter a linha do raciocínio. Quando eu to de boas no meu canto elaborando um pensamento é muito normal eu começar em A, passar por S e chegar em 23 e depois ficar pensando como porras cheguei lá. As aulas de redação nunca foram capazes de me ajudar a organizar o fluxo do meu raciocínio. E pra piorar, hoje eu entendo porque fui diagnosticado com déficit de atenção, que é quase a mesma coisa que dizer que sou hiperativo, embora eu não seja de fato hiperativo.
Às vezes tenho medo de comentar isso com alguém e acharem que eu sou louco, que preciso remédio. Eu não quero isso. Não quero viver uma vida baseada em me drogar licitamente pra manter a concentração em ser mais uma engrenagem do Sistema. Não, valeu, essa eu passo.
Tá vendo? Comecei em A, to chegando em S. Se der corda eu vou mais longe :P
Mas falando em ir mais longe; Lembrei mais um problema.
Por ter dificuldade em manter uma linha de raciocínio, eu já tive vídeos que tentei debater um assunto X e não consegui, porque me perdi em coisas paralelas. Normalmente eu falo muito por causa disso e como pra mim uma coisa puxa a outra ad infinitum, é muito difícil precisar onde eu deixei de falar do que eu to falando e passei a falar de outra coisa. Por essa razão meus primeiros vídeos eram tão longos e não falavam de nada efetivamente.
Pra corrigir isso, eu comecei a ser sucinto nos meus vídeos e falar menos, deu certo. Mas acho que às vezes eu podia ter falado mais, sei lá.
É uma sensação meio de "tá legal, mas podia ser mais completo".
Bom... Acho que era isso.
Vê, nesse texto mesmo, que eu tinha um objetivo bem claro do que falar eu dei uma viajada em paralelismos. Não que esses paralelismos não tenham a ver, mas do jeito que ue falo eu tenho a impressão de que fica bem mais desorganizado e tal, aí eu desmotivo (de novo).
Enfim, acho que fico por aqui. Espero ter conseguido explicar pelo menos um pouco do como me sinto com relação a isso.
Ah! LEMBREI! Nossa, isso é foda haha
Última coisa, juro! xD
Assim; Quando eu começo a falar de alguma coisa, ou escrever, um assunto puxa o outro e se deixar eu fico falando e vou embora. Quando eu tenho um assunto claro sobre o qual quero falar eu tenho muita dificuldade de encerrar o assunto. Isso vale pra versos também. Tem muito verso aqui no blog que eu pensei em terminar porque ficava uma frase de efeito e tal, aí eu continuava e vinha outra frase de efeito e ad infinitum. É engraçado pensar nisso, porque eu escrevia versos pra desabafar o que tava sentindo, e por causa dessa dificuldade é possível notar os vários estágios emocionais que eu passei enquanto escrevia, tente reparar nos meus versos antigos :P
Mas era isso, agora deixa eu ir que amanhã (hoje) o dia vai ser longo :/
Nenhum comentário:
Postar um comentário