quinta-feira, 21 de julho de 2016

Entre ansiedade e depressão, descobri na música a minha válvula de escape
Como um escapismo mesmo. Ela me tira daquilo que está me matando
Tem coisas que eu sinto que eu não consigo escrever sobre
Queria conseguir descrever o que vejo e o que sinto, mas não dá
Quando estou assim, não consigo organizar as palavras de um jeito que faça sentido
Então queria desenhar, pra poder por essas coisas pra fora
Mas se não consigo escrever, imagine desenhar

Fico com a impressão de que vou me afogar no meio de tantos pensamentos

Muita coisa acontecendo ao meu redor, muitos pensamentos ecoando

Cobranças, deveres, exigências, dúvidas, angústias, medos
Minha cabeça gira e eu fico tonto
Me concentro pra não perder a noção da realidade
Ainda estou sentado, meus pés ainda estão no chão
Luto pra me manter à superfície do que está acontecendo ao meu redor
Não posso deixar submergir, não posso deixar que me esmague
Em momentos como esse eu não sei se o meu corpo treme de frio ou de ansiedade
O que sei dizer disso é que meu corpo dói e eu não tenho ímpeto de fazer nada
Tenho uma lista de coisas a fazer e sei que preciso fazê-las, mas simplesmente não consigo
Não quero dormir, tenho coisas pra fazer
Tenho tantas coisas pra fazer que não consigo me concentrar, sinto sono
Dormir é uma tentativa de parar o tempo

sábado, 2 de julho de 2016

RolêCast #0 (por escrito, olha que loucura)

Um dia eu estava conversando no Whatsapp com a Drunga sobre uma experiência que tive com troca de nudes. Em nossa conversa, tocamos em alguns pontos profundos e bem interessantes sobre nude, um tema que parece superficial, mas na verdade se liga a questões sociais e políticas.
Ela contou dessa conversa que tivemos com o Nicolas, e ele se empolgou querendo debater com a gente sobre. A Drunga criou um grupo no Whatsapp na mesma hora com nós três e mais um quarto amigo, o Chala.
A princípio, a ideia era conversarmos, debatermos juntos como um amadurecimento pessoal. Quando demos o "debate" por encerrado, tendo esgotado os conhecimentos que tínhamos acerca do assunto, eu dei uma revisada no texto e pensei: "isso dá um podcast, fácil". Falei com as pessoas e todos gostaram da ideia. Sendo assim, trago o primeiro podcast escrito da minha vida, QUIÇÁ DA INTERNET(!!)
[Exatamente como acontece com um podcast, essa conversa passou por uma revisão e edição. Seria injusto eu fingir que não. Então não se admirem se algum carimbo de data e hora estiver deslocado da sua posição original; isso foi feito para deixar o texto mais fluido :) ]
Demorou um pouco, mas tá aí :D


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[00:30, 12/5/2016] Chu: 
- O que rolou foi: a Drunga disse que não curtia nudes. Aí eu falei um pouco da experiência que eu tive trocando nudes e o que a troca me fez pensar sobre as pessoas e pãns. Então (como eu tinha dito pra ela): trocar nude é uma maneira de trocar intimidade com outra pessoa. Por isso um amigo meu diz que é quase como fazer sexo. Você dá algo pra pessoa e ela te dá algo de volta.

[00:31, 12/5/2016] Nicolas:
- Eu não sabia em toda essa profundidade do papo do nude.

[00:31, 12/5/2016] Chu:
- Acho que quando a gente imagina nude a gente pensa em foto de gente pelada.

[00:31, 12/5/2016] Drunga:
- Ainda não chegou na profundidade, Nicolas.

[00:31, 12/5/2016] Nicolas:
- Trocar Intimidade vulgo trocar... "saliências".

[00:32, 12/5/2016] Chu:
- Que é super impessoal, e a Drunga defendeu esse ponto falando comigo. Tipo, eu posso ver gente pelada, só abrir uma aba aqui do lado e procurar no google. Mas o nude tem uma coisa de xaveco, trocar ideia, conversar. Até que em algum momento as duas pessoas fiquem a vontade e troquem essa intimidade. Por isso parece um sex.

[00:32, 12/5/2016] Drunga:
- Defendi? não lembro...

[00:33, 12/5/2016] Chala:
- Hm

[00:33, 12/5/2016] Chu:
- Aí, também tem a questão política, que a Drunga apontou primeiro, que é que tem muita menina que usa o nude como empoderamento.

[00:33, 12/5/2016] Drunga:
- Ah é, lembrei!

[00:34, 12/5/2016] Chu:
- Não vou falar de empoderamento feminino porque cabe à menina do grupo. Vou só incluir que o empoderamento também se liga à uma relação social do nude/selfie, porque o nude é um tipo de selfie, e a selfie, além de ser um "movimento" tosco de auto afirmação, também pode ser uma ação política, um atestado da própria existência ou do próprio estado naquele momento. Como se ela atestasse: Eu vivi esse momento e estive nesse lugar.

[00:35, 12/5/2016] Drunga:
- Sobre empoderamento: tirar nudes é um jeito das minas se aceitarem, aceitarem seu corpo.

[00:35, 12/5/2016] Nicolas:
- Gente, sério eu amo vocês hahaha

[00:35, 12/5/2016] Chu:
- Foi por aí que eu falei nos áudios. Agora eu acho que falei demais uashuashau Queria ouvir/ler vocês lol

[00:36, 12/5/2016] Nicolas:
- Então, sobre a questão de nude como forma de trocar saliências.

[00:37, 12/5/2016] Chu:
- (se desse, eu ia pedir pra Drunga desenvolver o lance do empoderamento)

[00:37, 12/5/2016] Drunga:
- Saliências não, intimidade.

[00:37, 12/5/2016] Chu:
- Isso. Intimidade, saliências envolve contato físico.

[00:38, 12/5/2016] Nicolas:
- Pera, Drunga desenvolve a fita do empoderamento. Antes de eu falar, porque meio que pode repetir coisa.

[00:39, 12/5/2016] Drunga:
- Calma, vou copiar um texto. É que não to achando hiuahsiua Tá, foda-se o texto. Se empoderar é se libertar das amarras machistas, é se tornar independente dessas coisa assim. E cada mina passa por isso de um jeito. Estudando, escrevendo sobre, tirando foto de si pra se admirar e aceitar seu corpo, pra ver que as diferenças é que são legais. Tá difícil tentar explicar um negocio que pra mim é obvio D:

[00:43, 12/5/2016] Chu:
- Você tá indo bem.

[00:44, 12/5/2016] Nicolas:
- Tá mesmo.

[00:44, 12/5/2016] Drunga:
- Mas não sei como concluir.

[00:44, 12/5/2016] Chu:
- Queria tirar uma dúvida... (acho que vc concluiu, na real .-. )

[00:44, 12/5/2016] Drunga:
- (ai, que bom porque travei aqui)

[00:44, 12/5/2016] Chu:
- Dúvida: empoderamento é exclusivo em questão de gênero? Eu não posso falar de empoderamento negro, por exemplo?

[00:44, 12/5/2016] Chala:
- (entre parênteses eu imagino a gente falando baixinho)

[00:45, 12/5/2016] Chu:
- (sussurros)

[00:45, 12/5/2016] Drunga:
- Pode.

[00:45, 12/5/2016] Chu:
- Beleza :D Dúvida sanada auhsuahs

[00:45, 12/5/2016] Drunga:
- Mas não pode falar tipo "empoderamento pobre", ta ligado? hsiuahiua

[00:45, 12/5/2016] Chu:
- Por que? D:

[00:45, 12/5/2016] Drunga:
- Empoderamento LGBT pode também. Ou não, acho que não.

[00:46, 12/5/2016] Chu:
- Os que não, pq não?

[00:46, 12/5/2016] Drunga:
- Porque ai envolve outra política.

[00:46, 12/5/2016] Chu:
- Não vou insistir pra não acabar num off topic gigante, mas podemos debater isso também num futuro próximo auhsauhs Voltando aos nudes, Drunga, quer acrescentar algo mais?

[00:47, 12/5/2016] Drunga:
- "Empoderamento ou empowerment, em inglês, significa uma ação coletiva desenvolvida pelos indivíduos quando participam de espaços privilegiados de decisões, de consciência social dos direitos sociais. O empoderamento possibilita a aquisição da emancipação individual e também da consciência coletiva necessária para a superação da dependência social e dominação política. O empoderamento devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto de cidadania, e principalmente a liberdade de decidir e controlar seu próprio destino com responsabilidade e respeito ao outro."

[00:48, 12/5/2016] Chu:
- Ok, bem completo :T Mas fica para a próxima discussão ;D auhsaushau

[00:48, 12/5/2016] Drunga:
- Dicionário :v hiuahsiua

[00:48, 12/5/2016] Chu:
- uahsuahasuhas Algo mais?

[00:49, 12/5/2016] Drunga:
- Sobre empoderamento não. Quero ouvir as opiniões do Chala e do Nicolas sobre nudes.

[00:50, 12/5/2016] Chu:
- Nudes, sim, por favor. Mais opiniões.

[00:50, 12/5/2016] Nicolas:
- Isso pode demorar.

[00:50, 12/5/2016] Chu:
- Vai escrevendo. Eu to procrastinando trabalho mesmo.

[00:50, 12/5/2016] Nicolas:
- Sobre o que falei pra Drunga, já...

[00:50, 12/5/2016] Drunga:
- Fala de novo, jovem haishuia

[00:51, 12/5/2016] Nicolas:
- Como ela tinha me dado detalhes como o Cauê, e perguntou de forma mais pessoal. Eu respondi como eu penso em relação ao assunto.

[00:51, 12/5/2016] Chu:
- [~~o Cauê~~]

[00:52, 12/5/2016] Drunga:
- [~~o Cauê~~], Fiquei um tempinho aqui, ''quem é Cauê...?''

[00:52, 12/5/2016] Nicolas:
- Como eu penso em relação a mim no ato. Eu não mando nudes por motivos de não gostar do meu corpo pra me sentir apto a isso, porém não ligo de receber, mas não é algo que me excita sexualmente no momento, mas acho legal o fato da pessoa confiar em mim a esse ponto e demonstrar afeto e interesse em relações mais íntimas.

 [00:56, 12/5/2016] Chu:
- Algo mais Nicolas?

[00:57, 12/5/2016] Nicolas:
Me perdi no assunto, se tentar retornar vou me embananar.

[00:57, 12/5/2016] Chala:
- Por enquanto eu assino embaixo no comentário do Nicolas haha

[00:57, 12/5/2016] Nicolas:
- Ahh, sim, voltando: Porém em relação de pessoas, assim terceiros mandando nudes entre si, eu aceito o fato de acharem isso um ato sexual, aceito não é a palavra certa, mas acho que dá pra entender. E também o fato que isso pode ser pra eles também um ato de empoderamento, e acho isso bacana [Fim]

[01:01, 12/5/2016] Chu:
- Hum, entendi o "aceito" uashuas Chala? Ou Nicolas, se quiser falar algo mais...

 [01:03, 12/5/2016] Nicolas: Poderia usar:
- Respeito/sou de boa [para o aceito]

[01:07, 12/5/2016] Chala:
- Acho uma parada super válida, mais um meio pra trocar intimidades e conhecer pessoas... minha única experiência de receber um nude foi ok, mas nada assim super "meu deus, amo isso, quero sempre", e se serve como um meio pra que a aceitação do próprio corpo ocorra, o que acho também absolutamente verídico, melhor ainda!

[01:07, 12/5/2016] Chu:
- Hum, tem isso também.

[01:07, 12/5/2016] Nicolas:
- Eu estou na mesma que o Chala.

[01:08, 12/5/2016] Chu:
- Eu troquei nudes, né, e foi tipo "beleza, legal", que na real é um pouco o feeling de transar casualmente. Quando fiquei com a crush x (que não pode ser nomeada,  doravante chamada Voldemort) foi bem gostoso, mas ao mesmo tempo tinha um gostinho de "ah, coisas que acontecem".

[01:08, 12/5/2016] Drunga:
- Eu sou completamente indiferente sobre receber nudes. Vou ver como uma foto qualquer e fim.

[01:09, 12/5/2016] Chu:
Drunga, isso pode ter a ver com a maneira como você se relaciona com o objeto foto, entende?

[01:09, 12/5/2016] Drunga:
- Sim...  mas, meu, é uma foto (vou generalizar falando só de nude feminino pq nude masculino é bem bosta).

[01:10, 12/5/2016] Chu:
- Mas é um corpo :T entende?  Tipo,  vamos supor: eu to andando na rua e uma mina aparece do nada sem camisa nem sutiã--

[01:10, 12/5/2016] Nicolas:
- A Drunga é bem fria hahaha

[01:10, 12/5/2016] Drunga:
- Mas é uma foto. Porque erotizar peitos e bunda?

[01:11, 12/5/2016] Nicolas:
- A palavra erotizar é bem difícil de ser interpretada ai...

[01:12, 12/5/2016] Chu:
- Sim.

[01:12, 12/5/2016] Nicolas:
- Sim, Chu. O que é erotizar em si? Se erotizar é algo que excita--

[01:12, 12/5/2016] Chu:
- Pera, posso defender meu ponto uahsuash

[01:13, 12/5/2016] Drunga:
- Não é frieza, gente. Eu só não vejo como ''oh, meu deus, peitos'' porque são só peitos. Todo mundo tem. Alguns são maiores que outros. Fim. Deal with it.

[01:14, 12/5/2016] Chu:
- Me dá um minuto pra pegar duas imagens.
http://www.tribunauniao.com.br/news/seios.jpg
http://msalx.veja.abril.com.br/2014/08/08/2250/pe6Cx/seio620-original.jpeg?1402459138
- Ó, olhem as duas imagens. A primeira é uma foto "descritiva" de seios (descritiva entre aspas porque eu não sei se essa categorização existe como eu to usando aqui). Enfim, a primeira foto mostra seios. "Seios, foda-se". A segunda não mostra seios, e ela pode ser entendida como sensual por causa de: posição dos braços (uma mão que cobre o mamilo, instigando o observador a querer ver mais), um certo ar de mistério, num corpo que está de costas quando o objeto de interesse está na frente...

[01:19, 12/5/2016] Chala:
- (estamos prestes a entrar numa questão difícil)

[01:19, 12/5/2016] Drunga:
- (estamos prestes a entrar numa questão BEM dificil)

[01:19, 12/5/2016] Chu:
- Então, calma, deixa eu terminar. Isso é leitura corporal.

[01:20, 12/5/2016] Chala:
- (sim, foi só um adendo)

[01:20, 12/5/2016] Chu:
- Não to dizendo que ela vem do nada, só to dizendo que é leitura corporal. Diz-se que só pode apreender a arte quem sabe olhar a arte. Em suma, quem sabe ler o objeto de arte.
A Drunga é fria? Não. Eu diria que ela é "insensível" à leitura da imagem do corpo. Insensível no sentido puro, de não se sensibilizar.

[01:21, 12/5/2016] Nicolas:
- Concordo, Chu.

[01:22, 12/5/2016] Chala:
- (acredito que ela dirá o porque)

[01:22, 12/5/2016] Chu:
- De onde vem a tendência de erotizar seios e bunda? Eu arrisco dizer que vem da origem selvagem do ser humano, e apenas isso. Porque eu não acho que o problema seja erotizar seios e bunda.

[01:23, 12/5/2016] Drunga:
- Ai, gente, naturalismo é lindo, aceitem que corpos são só corpos e vocês serão muito mais livres e felizes.

[01:23, 12/5/2016] Chu:
- Eu acho que o problema é que seios e bunda são erotizados a todo momento, em todo lugar, sem haver nenhuma necessidade disso. Mas, Drunga, corpos são só corpos, de fato. Só que expressam uma linguagem.

[01:23, 12/5/2016] Nicolas:
- Assim, erotizar é o ato de "sentir-se erotizado/sentir tesão", ou erotizar é você impor sua erotização do corpo do terceiro?

[01:24, 12/5/2016] Chu:
- Eu diria que os dois, Nicolas. Pera, deixei meu ponto claro? Sobre erotização...

[01:24, 12/5/2016] Nicolas:
- Por isso é meio difícil usar essa palavra.

[01:25, 12/5/2016] Chu:
- Eu tenho um exemplo se quiserem

[01:25, 12/5/2016] Chala:
- Exato, corpos são o que são, mas atribuímos a eles um significado... Como quando assumimos que pisar na foto de alguém é apenas pisar num papel, mas representa algo mais.

[01:25, 12/5/2016] Drunga:
- Exatamente, Chala.

[01:25, 12/5/2016] Chu:
- Eu acho que esse exemplo do Chala não funfou :S

[01:26, 12/5/2016] Nicolas:
Mas eu me sinto excitado com peitos e bundas, em situações adequadas, mas não erotizo qualquer peito e bunda.

[01:26, 12/5/2016] Drunga:
- Funcionou perfeitamente, Chu.

[01:26, 12/5/2016] Chu:
- Ou talvez tenha funfado...

[01:26, 12/5/2016] Chala:
- Foi pra exemplificar nossa capacidade simbólica.

[01:26, 12/5/2016] Chu:
- Uhum.

[01:26, 12/5/2016] Nicolas:
- Acho que o Chala explicou bem.

[01:26, 12/5/2016] Chu:
- Mas eu me sinto excitado com peitos e bundas, em situações adequadas, mas não erotizo qualquer peito e bunda. Como o Nicolas disse.

[01:27, 12/5/2016] Drunga:
- Então, mas concorda que peitos e bundas são hiper sexualizados?

[01:27, 12/5/2016] Chu:
- Ah, sim, com certeza.

[01:27, 12/5/2016] Chala:
- Eu não acho que essas partes do corpo nos excitem por motivos puramente naturais.

[01:27, 12/5/2016] Drunga:
- Eu já nem lembro como a gente chegou aqui pra eu concluir.

[01:28, 12/5/2016] Nicolas:
- Mas pra mim a excitação por isso vem mais do sentido sentimental do que do físico/natural, enfim. Ixe, disse o mesmo que o Chala...

[01:28, 12/5/2016] Drunga:
http://www.lado-m.com/a-erotizacao-dos-seios/

[01:28, 12/5/2016] Chu:
- Antes de pedir pro Nicolas desenvolver, posso dar meu exemplo, acho que ele esclarece algo .-.

[01:29, 12/5/2016] Chala:
- Diga lá. (abrindo texto da Drunga)

[01:29, 12/5/2016] Chu:
- Meu exemplo, de jeito rápido: (eu to defendendo a erotização, mas não concordo com hiper erotização, inclusive, acho ridículo.)

[01:30, 12/5/2016] Drunga:
- CALMA: "Para se dissociar do peito materno (mole e caído), o peito feminino é ressexualizado e erotizado (duro e firme). Além de sexualizado, ele é também mercantilizado, através de processos como as redefinições de tamanho, desenho e forma. A erotização dos seios femininos tem lugar para apenas um tipo de seio.
Ele deixa então de representar a fonte da vida para representar a fonte de prazer, cabendo à mulher o papel de simples servidora. Primeiro, ela serve ao filho. Depois, ao homem."

[01:30, 12/5/2016] Chu:
- Sim, Drunga, precisamente... Hm, queria perguntar, Drunga. Você não gosta de erotização de nenhum tipo?

[01:32, 12/5/2016] Drunga:
- "Para reverter a erotização dos seios é necessária a renaturalização do corpo feminino e a sua dissociação do pecado. É preciso devolver o corpo da mulher para ela. É preciso entender que ele não é objeto para a satisfação sexual masculina." <3 font="">
Sei lá, Chu, acho que nunca parei pra pensar nisso.

[01:33, 12/5/2016] Chu:
- Posso dar meu ponto, então?  meu exemplo, no caso uahsuash Eu fiz uma matéria na faculdade: Desenho de Figura Humana. a gente desenhava pessoas, que estavam ali ao vivo, nuas, normalmente alunos do teatro e: suave. porque o corpo é um corpo.

[01:33, 12/5/2016] Nicolas:
- Que maneiro. Eu acho que me sentiria envergonhado.

[01:34, 12/5/2016] Chu:
- Um dia, foi uma menina pra posar, e numa pose x lá, do ângulo que eu estava-- Calma, travei, me dá uns segundos...

[01:34, 12/5/2016] Drunga:
- Nossa deve ser muito legal isso de posar pra desenho :o

[01:35, 12/5/2016] Chu:
- Sim, eu me ofereci, mas nunca me chamaram :( Então, do ângulo que eu estava, eu teria condições de fazer um desenho sensual dela, ou fazer uma foto se fosse o caso. Porque a leitura do corpo dela permitia essa possibilidade. porém--

[01:36, 12/5/2016] Nicolas:
- Eu entendo que corpo é corpo, e aceito, mas nudez costuma me envergonhar, mas acho que é algo mais que como não aceito meu corpo, me sinto """""oprimido""""""

[01:36, 12/5/2016] Chu:
- Desconstrói isso ficando pelado,  fácil. Então, a leitura do corpo dela permitia essa interpretação "erótica", que eu ignorei óbvio, porque eu estava em aula e muito distante de uma situação erótica. Se estivéssemos eu e ela, trocando olhares, conversas, xavecos, num quarto e pã, seria erótico.
Erótico não é só uma questão da imagem pura e simples. como na primeira foto que eu coloquei aqui, que não tem nada de erótica. Agora, aquela primeira foto, tem um monte de omi babão sem noção nenhuma de respeito e nem de que uma mulher é uma pessoa, erotizando ela. Sou contra essa erotização forçada que impõem à mulher, não contra o erótico em si. O erótico existe, faz parte da linguagem do nosso corpo, o que não pode, é forçar ele pra fora dessa naturalidade.

[01:39, 12/5/2016] Nicolas: 
- "Erótico não é só uma questão da imagem pura e simples." Concordo com o Chu. Repressão pira que rola sobre corpo da mulher é algo que não entra na minha cabeça.

[01:45, 12/5/2016] Chala:
- Concordo, o erótico é um expressão dessa nossa capacidade simbólica e, num contexto específico, um gesto ou uma parte do corpo pode suscitar ideias excitantes... mas o contexto é mutável, pode ser algo bacana e gostoso, mas também nocivo.

[01:41, 12/5/2016] Chu:
- "É preciso entender que ele não é objeto para a satisfação sexual masculina." Não é, mas pode ser usado como, se a dona dos seios em questão quiser :)

[01:41, 12/5/2016] Drunga:
- Ou o dono!** (ai gente que conversa amorzinho <3 span="">

[01:41, 12/5/2016] Chu:
- "Repressão pira que rola sobre corpo da mulher é algo que não entra na minha cabeça." Totalmente! Você são uns lindos. Vou ficar salvando as conversas daqui aushaush "Ou o dono" bem lembrado!

[01:43, 12/5/2016] Nicolas:
- Ou o dono, sim. Essas questões sobre trans e identidade de gênero ainda me confundem muito, se eu disse merda por favor me corrijam.

[01:44, 12/5/2016] Drunga:
- Corrijo, nicolas (:

[01:44, 12/5/2016] Chu:
- Acho que não falou nada, não :T pelo menos não ainda uahsuahs

[01:45, 12/5/2016] Nicolas:
- Eu não sabia que traveco era subjetivo cara, pra tu ter uma noção.

[01:45, 12/5/2016] Drunga:
- Pejorativo, ele quis dizer!

[01:46, 12/5/2016] Nicolas:
- SIM! Nossa viajei aqui hahaha

[01:46, 12/5/2016] Chu:
- auhaus

[01:47, 12/5/2016] Chu:
- Eu acho que a gente conseguiu debater o assunto .-. Tipo, eu não conseguiria ir a partir daqui. Vocês tem noção, que a gente fez um podcast escrito?

[01:49, 12/5/2016] Drunga:
- NOOOOOOOOOOOSSA!

[01:49, 12/5/2016] Chu:
- Inclusive, acho que devíamos fazer mais uashuashasu

[01:49, 12/5/2016] Nicolas:
- A gente devia fazer um. Quem quiser discutir outro tópico coloca de nome do grupo, aí todo mundo já sabe o que se trata.

[01:50, 12/5/2016] Chala:
- Boa ideia!

[01:50, 12/5/2016] Chu:
- Pootz, eu queria salvar a conversa,  mas não vai rolar. vou ter que selecionar ela toda e copiar uahsuahsusa

[01:51, 12/5/2016] Nicolas:
- Por que?

[01:51, 12/5/2016] Chu:
- Vou postar no meu blog uahsuash

Café (o MEU café)

"Bom, o blog é meu. Se eu já postei miojo aqui, postar chá não parece tão absurdo até"
- Eu mesmo em 9 de Dezembro de 2014.

É com essa que eu começo a receita de hoje uahsuashuas


Bom, você precisa de:

  • café solúvel
  • açúcar
  • água
Preparo:
Ferva a água.
Enquanto ela ferve, coloque 2 1/2 colheres de sobremesa de café solúvel numa caneca.
Sim, uma caneca. Uma FUCKING CANECA.
Ainda enquanto a água ferve, adicione cinco colheres de açúcar consideravelmente cheias (use a mesma colher pra economizar na louça suja).
Quando a água ferver, adicione-a na caneca e misture bem, mas cuidado para não derramar.
Aguarde meia hora para que o café esfrie, isso realça o sabor.
Agora que o seu café parece um café de sala de espera de consultório médico, ele está pronto. Aproveite ;D

É sério, eu bebo isso :T

terça-feira, 21 de junho de 2016

Oi (97)

Olá, pessoas.
Eu venho escrevendo "bastante" no blog esses tempos e mesmo assim não to escrevendo tanto quanto eu gostaria. Tenho essa sensação constante de que tenho coisas demais pra dizer e acabo não dizendo porque não consigo organizar os pensamentos. Por exemplo, acabei de excluir um rascunho de um texto que comecei e não terminei, nem nunca iria terminar. sou daqueles que quando é pra dizer, fala logo. Esse negócio de deixar pra depois não funciona pra mim.
Ansiedade pura e simples...

Bom, já que não to organizando os pensamentos do jeito que queria, vou contextualizar o que está passando na minha vida.

Semana passada, em algum dia, não lembro qual, fez quatro anos da minha primeira tatuagem. Acho interessante que esse detalhe tenha passado pelo meu feed do facebook, porque eu não lembraria espontaneamente e porque o momento que estou passando condiz com o significado que a tatuagem tem pra mim.
Se você não sabe, tatuei HERO nos dedos quase como um impulso de me lembrar das minhas responsabilidades, lembrar as coisas que estipulei pra mim e o fato de que eu sou responsável pelo que faço. Uma vibe meio Tio Ben e Peter Parker ("com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades"). O Homem-Aranha é um super-herói marcante na minha vida, me identifico e tal.

Segunda coisa que queria contextualizar é um achieviment que consegui dois dias atrás.
Fui num show do Racionais MC's.
Meu primeiro show de rap e logo dos caras que me introduziram no rap. E isso é muito importante pra mim porque antes de entrar no universo core, eu me identificava com o rap. O rap foi o primeiro estilo musical que defini como parte da minha identidade (lá pelos 15 anos) e só depois de 4 ou 5 anos foi que comecei a me identificar com o post hardcore e eventualmente com o core em si.
Devo muito do meu eu ao rap, é um gênero que eu não abandono, apesar de não adicionar novas músicas à minha "playlist", mas carrego sempre comigo e muitas vezes é o gênero que consegue me acalmar quando estou muito mal.
Background à parte, foi uma emoção única cantar clássicos do Racionais junto com os caras, ali, bem na minha frente. Experiência única, sem comparação com nada que eu já tenha vivido. Foi incrível, pra mim, descobrir que sei as letras de Nego Drama e Vida Loka parte I completas, ter gritado cantado A Vida É Desafio (que é quase um hino pra mim) acompanhado de tantas vozes, curtindo aquela energia. BAH! Foi demais.
Paguei meia entrada, mas se tivesse podido pagar a inteira, teria pago sem dó.

Por hoje era só isso. Queria por essas palavras pra fora antes que acabasse sufocando isso dentro do meu peito.
Agora vou ali cuidar de outras coisas genéricas, me desejem sorte

terça-feira, 14 de junho de 2016

Diga - Visconde // Diga (parte 2) - Fresno ♪


Ontem eu sonhei com você
Eu só te liguei porque eu precisava ouvir
Aquelas coisas que eram tão normais
Que a gente já nem falava mais
Eu queria tanto te ouvir dizer agora

Então diga que não vai sair da minha vida
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu

Então diga que o tempo fecha todas as feridas
E que pra nós existe uma saída
Que nem por um segundo me esqueceu

E hoje acordei sem você
E eu só percebi quando eu senti falta de mim
Pois existem coisas que eu queria mais
(Pois existem coisas que eu queria mais)
(Aaaaah...)
E tantas coisas pra deixar pra trás
(aaaaah...)
Eu queria tanto te ouvir dizer agora
(Eu queria tanto te ouvir dizer agora)
(... aaah)

Então diga que não vai sair da minha vida
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu

Então diga que o tempo fecha todas as feridas
E que pra nós existe uma saída
Que nem por um segundo me esqueceu...

Então diga que não vai sair da minha vida
(Então diga...)
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu
(Aaaah...)

Então diga que o tempo fecha todas as feridas
(Então diga...)
E que pra nós existe uma saída
(E que pra nós existe uma saída)
Que nem por um segundo me esqueceu

Diga...

Diga...

Aaaah...

Então diga...

Tira a maquiagem pra que eu possa ver
Aquilo que você se esforça pra esconder
Agora somos só nós dois, já podes parar de fingir

Mas cala essa boca e me diz com o olhar
Quem era você até me encontrar?
Se agora és diferente,
O que eu fiz que te fez mudar?

Eu lembro dos lábios tremendo ao dizer
Eu não vivo sem você

Então diga que não vai sair da minha vida
Diga que não passa de mentira
Quando dizem que o amor morreu

Tira essa roupa pra que eu possa ver
Que não há uma arma tentando se esconder
O mal vive num lar perfeito e sem infiltração

E tira o cabelo da cara e me diz
Se por um segundo quiseste me ver feliz
Ou se és o meu destino tentando me dar outra lição

Eu lembro de cerrar os punhos pra dizer
Eu não amo mais você

Me diga que não volta mais pra minha vida
E que a nossa estrada é bipartida
Esqueça o dia em que me conheceu

Então diga que nem todo o dinheiro dessa vida
Não vai comprar de volta a acolhida
No peito de quem já foi todo seu

A casa é minha, mas pode ficar
Eu volto amanhã e não quero mais te enxergar
Faça suas malas e nunca mais volte aqui

E eu juro pela vida da mãe e do pai
(E eu juro pela vida da mãe e do pai)
Ciente do peso da expressão "nunca mais"
(Ciente do peso da expressão "nunca mais")
Volte a oferecer teu corpo a quem preferir

Viver ao lado de quem não tem nada pra dizer
Confesse pra mim de uma vez
(Aaaaah...)
(... AAAH...)

Mas diga que nunca foi feliz nessa tua vida
(Mas diga...)
(... aaah...)
Teu texto, teu sorriso de mentira
(... aaah...)
Pode enganar a todos, não a mim
(aaaaah...)
(... CHEGOU O NOSSO FIM)
(... a todos, não a mim)

Então diga que essa mão que acena na partida
(Aaaah...)
Por tantos IDIOTAS pretendida
É a mesma que decreta o nosso fim... yeah
(Aaaaaah...)

Assisto aos teus passos, como a um balé
Quem vais usurpar, agora que ninguém te quer?
A verdade demora, mas chega sempre sem avisar

E o grito contido no teu travesseiro
Ecoa nos lares do mundo inteiro
Não tira esse rímel, pois hoje eu quero vê-lo borrar
Uns dias atrás eu estava muito triste com alguma coisa e queria ouvir música pra tentar me acalmar. Fiquei rodando as minhas músicas por alguns minutos sem escolher nada, porque simplesmente não sentia que as músicas que eu tinha na biblioteca conseguiam dar conta do que eu estava sentindo.
Eu não queria escolher alguma outra música que tivesse. Não queria estragar o que sentia por aquelas músicas com um outro sentimento que não correspondia a elas. Ao mesmo tempo, meu coração e minha mente pulsavam como um pedal duplo, tão rápido que parecia um zumbido, seria difícil escutar uma música que não estivesse no tempo que minhas emoções impunham.
Decidi não escutar nada e tentar me acalmar focando no som que eu mesmo estava produzindo na minha cabeça. Um pedal duplo, contínuo, muito rápido.
Quando os nervos se acalmaram um pouco, percebi que nesse tempo de silêncio, quebrado por um som que só existia na minha cabeça, me senti mudo. Foi um breve momento no qual eu não conseguiria expressar nenhum som vocal, e talvez nem mesmo conseguisse produzir um som a partir de uma ação (um batuque na mesa, por exemplo).
Foi um momento em que o único som que eu estava capaz de ouvir seria algum som no tempo e no tom do som que já estava ecoando na minha mente. Como uma surdez seletiva. Não é que meu corpo não ouvisse os sons externos, meu corpo estava indiferente a eles.

sábado, 11 de junho de 2016

Oi (96)

Eu acabei de dar um oi e já vou dar outro.
Só pra deixar registradas aqui no blog algumas coisas que tenho vivido.
Vou começar pela mais doída: Abortei meu TCC.
Eu ia defender a qualificação dele já no final desse mês, pra poder me formar no fim do ano.
Bom, me atrapalhei com algumas responsabilidades, tive dificuldades emocionais e, além da ansiedade, passei por um pouco de depressão.
Eu, que já não sou uma pessoa com ~~muita~~ vontade de viver, me vi numa situação onde realmente não me importava mais em continuar respirando.
[Talvez eu tenha me expressado mal; eu TENHO vontade de viver. O meu problema com o viver é que faço parte de uma sociedade que considero atrasada, não tenho perspectivas de ver as coisas melhorarem e me sinto incapaz de fazer as coisas melhorarem. Pra ser adulto nessas condições, admito que não faço muita questão]
Diante desse embolotado de emoções, eu decidi que era melhor deixar passar essa responsabilidade. Por hora.
A segunda coisa que queria contextualizar é que estou frustrado com a situação política (do país e) da UFPel...
Recentemente nossas eleições para DCE foram fraudadas, e consequentemente, canceladas. Aparentemente a chapa da extrema esquerda ia ganhar, e aí a chapa da situação tentou uma manobra para fraudar a contagem de votos. Descobriram no ato da apuração e com isso nós ficamos sem DCE.
Agora, umas duas horas atrás, foi feita a apuração dos votos para a reitoria e vão pro segundo turno a chapa da situação, que começou a fazer esforços estruturais no último ano, claramente para chamar atenção para o seu mandato, e uma chapa com uma frente liberal maluca que até parece fantasiosa, prometendo investimentos incabíveis pra uma economia enfraquecida como a que vivemos.
só queria contextualizar isso, mesmo. E como eu disse uns textos aí pra baixo: Não vou me importar de deixar esse texto sem uma conclusão.
Nunca mais publiquei receitas no blog, me pergunto se a razão é que não acho minhas receitas interessantes ou se elas falam mais sobre as minhas emoções do que eu gostaria de expor aos outros.
Houve um tempo em que eu tentava concluir tudo que eu escrevia, porque acreditava que algo não deveria ser publicado sem um término. Bom, eu cresci e percebi que, na vida, as coisas não terminam. Tudo se emenda continuamente, uma coisa na outra, independentemente se se relacionam ou não.
Quando me dei conta desse fato, comecei a publicar pensamentos soltos, pouco me importando se eu havia concluído eles ou não.
Passei a me apaixonar por pensamentos soltos, e atualmente, eles são o motivo maior da minha pesquisa em Artes Visuais.

Oi (95)

Nesse momento, eu nem sei dizer se faz um tempo longo que ão escrevo no blog ou se é só a impressão que tenho por causa dos dias e semanas longos que eu tenho passado.
O fato é que recentemente eu tenho sentido uma ânsia por escrever várias coisas, desenvolver diversos pensamentos e a inércia de permanecer em silêncio tem falado mais forte.
Antes, quando eu me deixava levar pela inércia de não escrever, eu esquecia o assunto que queria desenvolver e eventualmente isso saía da minha cabeça.
Agora, acontece o contrário. Os assuntos estão se acumulando no fundo da minha garganta e eu sinto que cada vez mais preciso trazê-los a tona antes que eu engasgue.
Minha maior vontade nesse momento é gritar, destruir tudo à minha volta e tentar impor alguma dor ao universo que me rodeia. Porque é assim que a minha mente está nesse momento.
Sou um turbilhão de coisas acontecendo e se misturando. Umas boas, a maioria ruim e nenhuma que eu saiba lidar de maneira tranquila.
Ultimamente, o melhor que posso fazer pelos meus problemas pessoais é abaixar a cabeça e fingir que não estou os vendo.
O nome do blog nunca fez tanto sentido.
Esses fantasmas estão cada vez mais perto de mim, eventualmente vão me afogar.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Nessas horas eu sinto tanta coisa ao mesmo tempo que nem acho que consigo expressar
E é a primeira vez em que fico tão abalado emocionalmente que não me sinto hábil para escrever
Mais pelo exercício de escrever do que pela expressão em si, eu poderia começar por conceitos
Que parece que são a única coisa que consigo sentir agora; conceitos...
Ódio
Tristeza
Impotência
Fraqueza
Destrutividade
Infelicidade
Dor
Loucura

sábado, 7 de maio de 2016

Um Lugar

Queria me teletransportar daqui
Ir pra um lugar distante e quieto
Fumar um cigarro e morrer deitado na grama

Um lugar onde o tempo não possa me encontrar
Um lugar onde nada importa e só o vazio exista
Um lugar no qual eu finalmente encontre a paz

terça-feira, 26 de abril de 2016

Por que eu sinto isso?
Essa ansiedade bizarra que aparece quando eu te vejo
Eu fico tenso, como se estivesse apaixonado
Ou será que só quero me convencer que não estou?

Minha razão me impede de arriscar esse sentimento
Porque no fundo sei que não daria certo
Sei que é passageiro

Mas por que é passageiro?
Porque é de fato ou porque não me permiti mais?

Não sei o que dizer
Só sinto...
Sinto e sigo em frente
Escrevendo...
Pensando...
E assim por diante

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Transbordando Vida

Sigo tentando o equilíbrio
Entre o caos e a ordem
Entre a razão e a emoção
Entre a vida e a morte

Uma linha tênue
Que permite afogar-se sem se perder sob o oceano
A linha que separa os loucos dos gênios
Que faz a diferença entre o absurdo e o razoável

Quanto tempo vou resistir desse jeito?

A vida pesa sobre meus ombros
E me faz querer a morte
A busca pela morte me enche de vida
E me faz viver intensamente

Talvez não haja nada de equilibrado nisso
E eu só esteja sendo devorado pela loucura
Transbordando vida
De um corpo que de outro modo estaria morto

segunda-feira, 28 de março de 2016

Oi (94)

É engraçado ver como a bad ataca do nada, às vezes... Eu vi um documentário que um amigo me enviou no chat do Facebook. Um documentário que era mais uma coletânea de imagens de um grupo de garotos andando de patins por aí. Andando, fazendo manobras e tal.
Vendo o documentário eu pensei: Eu poderia gravar vídeos assim, acompanhar esportistas como esses e fazer o audiovisual deles (eu AMO esportes de rua - skate, patins, parkour).
E aí, junto com esse pensamento, eu percebi o óbvio. Eu não sei fazer essas coisas.
Não as manobras. Não sei fazer um documentário. Como vou conhecer essas pessoas?  Que equipamento devo usar? Onde farei isso? Quanto isso me custaria? Como faria um edital de incentivo? Enfim. As perguntas básicas de alguém que quer fazer alguma coisa.
E com essas perguntas na cabeça me bateu um desânimo violento. Como que dizendo: Você não consegue. Desiste.

Tenho vinte e quatro anos. to começando o meu quinto ano na faculdade de Artes Visuais, depois de ter largado um curso técnico pra trás. E eu não sei onde vou com isso.
Sinto a cobrança de todos os lados (e não acho a cobrança injusta). Vejo que preciso de um trabalho. Mas fiz questão de ir pra uma faculdade, procurar uma especialização, pra chegar na reta final dela e sentir que a única coisa que sou perfeitamente capaz de trabalhar é no comércio.
Isso que eu escrevi na última frase não é verdade, mas é como eu me sinto.
Faz sete anos que saí da escola e não me sinto preparado pra entrar no mercado de trabalho em algo que gosto.
Pior, talvez eu nem saiba o que eu gosto.

Quando eu me sinto assim, a única coisa que me parece plausível é tirar uma temporada (uns três meses, pra não dizer um ano) e sumir no mundo, tentar achar o meu caminho, a minha razão.

A única coisa prática que posso dizer que quero hoje é minha viagem de volta ao mundo. Quero isso mais do que qualquer outra coisa, nesse momento. Quero pegar uma meia dúzia de coisas e desaparecer no mundo. Quero ser livre.
Essa liberdade que eu procuro se manifesta nos esportes que gosto. E por isso sou apaixonado por eles. Porque eles me proporcionam uma percepção do ambiente ao meu redor que me torna livre. E tudo que eu quero é ser livre.

Quando brigava comigo por eu não demonstrar nenhuma vontade para com a escola, minha mãe me perguntava o que eu esperava da vida. Eu nunca tive uma resposta pra isso, e não foi por falta de pensar no assunto. Hoje, até minha namorada me pergunta o que eu quero pro futuro e eu não sei. Eu simplesmente não sei.

Talvez eu não tenha percebido que eu já tinha o que queria. Meus pais puderam me criar tão livre quanto eu queria dentro das minhas necessidades, e o que eu quero é ser livre. Eu não era rico (nunca fui), mas sempre tive uma vida confortável.
Quando criança, essa liberdade cabia num espaço muito restrito, que era o que eu entendia por "mundo". Então eu nunca fiz questão de correr atrás de mais, porque eu tinha o que queria. Agora que sou adulto (e é muito estranho pensar isso, porque eu não me sinto assim), eu tenho uma perspectiva muito ampla do que é o mundo, e eu quero esse mundo pra mim. Então a ponte Marília SP - Pelotas RS não me representa mais. Eu não caibo nesse espaço.
Mas eu não sei lutar por mais. Eu não sei fazer acontecer a liberdade que eu quero. E por ter a experiência de pagar minhas próprias contas, sei que preciso escolher se vou alimentar a mente (ou os caprichos dela) ou o espírito, tendo que contar as sobras do salário no fim do mês pra isso.

Quando eu brinco que se tivesse um milhão de reais no banco, eu estaria feito pro resto da vida, é porque esse valor renderia, de juros numa pupança, uns cinco a seis mil todo mês. Dinheiro que seria suficiente pra alimentar os caprichos da minha mente E a necessidade do espírito de perceber o mundo ao redor. Sem luxos, claro, mas eu não ligo pra luxos.

Acho que era isso que eu queria dizer hoje. Parece vomitado e meio desconexo, mas deve ser assim mesmo. Talvez eu só tenha vomitado no teclado o que estava sentindo